A Andragogia é uma ciência, a arte da educação de adultos. Sua definição no grego é andros – adulto e gogos – educar. Uma das particularidades dessa ciência é entender a motivação das pessoas e o que está por trás da aprendizagem. Como se dá esta aprendizagem.
A Andragogia procura estabelecer uma nova forma de tratar o aprendizado do adulto, embora colocada como “uma forma”, a mesma é extremamente dinâmica, sendo a real junção entre o aprender formal e o informal. Fator este capaz de explorar toda a sua capacidade crítica, a sua competência, a sua relação com o social e o cultural, a sua experiência de vida e, principalmente, o seu potencial colaborativo nas atividades coletivas de reconstrução do conhecimento.
Educação formal: A divisão do trabalho exige a passagem pela escola…; objetivo básico é a transmissão de conhecimentos, técnicas ou modos de vida.
Educação informal: é a que acontece na vida diária; “quanto mais se vive, mais se aprende”. (OLIVEIRA, 2001)
Posto isto, a educação torna-se vital na vida humana, é um valor agregado ao indivíduo que não tem limites, ou seja, todos podem e devem aprender, e o SESI a oferece no mundo do trabalho.
Paulo Freire é considerado o pai da Andragogia e mostra de uma maneira clara a preocupação com a contextualização da educação às necessidades de sua clientela e ao desenvolvimento da consciência crítica através da educação dialógica, início da educação continuada e emancipatória.
Segundo Oliveira (1999, p. 62-63), o adulto está inserido no mundo do trabalho e das relações interpessoais de um modo diferente daquele da criança e do adolescente. O adulto tem mais experiência e conhecimento sobre a vida, sobre o mundo e sobre as relações inter e intrapessoais, possibilitando maior reflexão e compreensão sobre os temas abordados, sobre o conhecimento, sendo o agente construtor deste processo de ensino-aprendizagem. O momento onde se insere a educação informal e a educação formal, e, obviamente, possibilitando-lhe o real exercício de cidadania.
A andragogia tem seu foco principal na experiência do sujeito que aprende, onde o diálogo estabelecido é a ponte para a reflexão e ação, para a construção e reconstrução, com liberdade, respeito e interatividade, onde o saber se expressar é tão importante quanto o saber ouvir.
Este adulto está inserido em uma sociedade repleta de transformações, onde os papéis desempenhados não suprem mais a necessidade do mercado e é necessário se pensar na educação/formação deste adulto para atuar num mundo tecnológico, onde as relações são determinantes na sua inclusão neste mundo do trabalho, pois não basta apenas fazer as atividades que sempre desempenhou. Hoje, é necessário que tenha o domínio das tecnologias, das relações interpessoais e dos conhecimentos prévios para o desenvolvimento de qualquer função, como ler, interpretar, resolver problemas e ter um novo comportamento econômico, social e político.
Frente a este conceito, há a necessidade de pensar nesta educação baseada na necessidade do adulto, e neste caso, o adulto trabalhador, com sua rotina de trabalho e novas possibilidades de aprendizagem através da busca por conhecimento e uma formação mais eficaz. Neste cenário, a educação ofertada pela escola formal, com seus horários e formatos já definidos, não se adequa à necessidade do trabalhador, devendo demandar um novo olhar, uma busca alternativa e com qualidade para atender as necessidades deste trabalhador a partir de princípios andragógicos, onde a autonomia sobre esta formação está intimamente ligada à busca de conhecimento.
Conhecimento este que traz embutidos os seus valores, desejos, expectativas e necessidade de transformação, pois o adulto ora é professor e ora aprendiz. Por este motivo, o professor é considerado um mediador e não mais a figura principal deste processo, pois esses homens e mulheres que buscam transformação, mudanças e crescimento nos ensinam que somos seres inacabados, mutáveis e passíveis de erros e acertos, tornando-nos sujeitos capazes de produzir e transformar o mundo tal qual está posto.
Pensando nesta perspectiva de mudança e enfrentamento do novo, surge a proposta de implantar salas de aula virtuais, através dos recursos da EAD, onde as pessoas que não tiveram oportunidade de concluir a Educação Básica possam, através desta modalidade de ensino, recuperar o tempo perdido e ser responsáveis por sua aprendizagem. Além disso, através de cursos de Educação Continuada, possam se preparar para atuar na sociedade, garantindo sua empregabilidade e estando preparadas para enfrentar o mundo do trabalho com mais confiança e motivação.
No campo específico das políticas oficiais, os Parâmetros (Brasil, 1999) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (CNE, 1998), não obstante as atuais discussões no sentido da redefinição dos fundamentos desse nível de ensino e da educação profissional, seguem como os principais referenciais para as propostas de formação dos jovens, orientadas para a articulação entre a educação geral e a educação voltada para o mundo do trabalho, no âmbito do ensino regular.CEA e Sandri, 2008 p.02
Frente a esta proposta de formatação de cursos que atendam à demanda dos trabalhadores, deve-se ter clareza que o envolvimento das pessoas que optam por utilizar esta modalidade de ensino – EAD é essencial para o sucesso dos cursos, pois a possibilidade de estudar em qualquer lugar e em qualquer tempo gera a necessidade de planejar cursos que venham suprir esta deficiência na formação integral do trabalhador.
Fonte:vanessacgs.wordpress.com
A inclusão de crianças com necessidades especiais na rede regular é um tema que se relaciona diretamente com a andragogia, pois a educação de adultos também deve considerar as particularidades de cada indivíduo.
Cursos online sobre andragogia podem ser uma excelente opção para quem busca se aprofundar no tema e aplicar os conceitos em sua prática.
A educação inclusiva é fundamental para garantir que todos os adultos, independentemente de suas dificuldades, tenham acesso ao aprendizado.
Educação especial e aprendizagem são áreas que se entrelaçam com a andragogia, pois a experiência do adulto é um fator crucial para o processo de ensino-aprendizagem.
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