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Como criar jogos de alvo com alunos da pré-escola

Descubra como criar jogos de alvo divertidos e envolventes para alunos da pré-escola! Esta é a sua chance de incentivar e desenvolver habilidades motoras finas de forma criativa e divertida.

Como criar jogos de alvo com alunos da pré-escola

Para criar seus próprios jogos de alvo, as crianças precisam saber planejar, escolher os materiais utilizados e discutir as normas da partida

Passo a passo para ensinar as crianças a criar jogos

1. Preparo do Material

Escolher as cores, decidir a quantidade de água e fabricar a bola é função de professor e crianças.

Um bom trabalho exige materiais variados: tampinhas de garrafa, papelão, botões, fita crepe, bolinhas de gude ou borracha, barbante, elástico, cola, arame, tesoura, tinta, giz de cera, sementes, retalhos de madeira, adesivos e pedrinhas são só algumas das opções. Tendo os itens selecionados, prepare o ambiente de trabalho: organize-os em caixas e deixe-os ao alcance dos pequenos.

Em seguida, peça que os participantes façam um esboço com papel e lápis do jogo que desejam construir e apresentem suas ideias aos colegas. A intenção é que pensem nos prós e contras daquilo que projetaram para alcançar um resultado melhor. Fique atento para dar voz aos que tenham dificuldade de se impor. “As contribuições talvez sejam caóticas por alguns instantes, mas o professor pode aprimorá-las”, diz Adriana Klisys, diretora da empresa de consultoria em Educação Caleidoscópio Brincadeira e Arte, em São Paulo. Outra etapa essencial do trabalho é a elaboração das regras. Elas podem ser criadas aos poucos, durante as discussões, já que são o resultado de uma construção permanente (leia o projeto didático). Além disso, você pode conferir jogos lúdicos e sua importância na educação infantil para enriquecer ainda mais suas atividades.

2. Registro no Quadro

Enquanto alguns jogam, outros ficam responsáveis por anotar a pontuação no quadro.

Na turma de Cristiane Ferreira da Silva, da Creche Idalina Ochôa, em Florianópolis, as crianças de 5 anos tiveram de quebrar a cabeça para fazer um jogo de boliche. Para deixá-lo bonito e funcional, elas preencheram garrafas plásticas de refrigerante com água e guache. Para fabricar a bola, usaram jornal, cola e fita adesiva.

“Quando tudo estava pronto, tivemos uma surpresa: as garrafas pesavam demais e a bola não conseguia derrubá-las”, conta Cristiane.

Começaram inúmeros testes, enchendo e esvaziando garrafas, diminuindo a distância entre o participante e o alvo e aumentando o peso da bola. E o jogo, enfim, deu certo. A garrafa foi preenchida até a metade, a bola de jornal foi recheada com uma pedra e pronto: com um pouco de mira, os pinos foram derrubados e as crianças se alvoroçaram.

O planejamento da professora precisou incluir também o tempo gasto com o acabamento: as crianças adoram essa etapa e é ótimo que deixem o jogo atraente e imprimam uma marca autoral. Elas se sentem protagonistas do trabalho e reconhecem os cuidados que tiveram. Para Adriana, as crianças passam a se enxergar produtoras de cultura, e não meramente consumidoras.

“Se até poucos anos atrás era comum os pequenos fabricarem seus próprios brinquedos, hoje não é. Embora existam muita variedade e opções à venda com preços acessíveis, o comprar e o criar podem andar juntos”, diz a especialista.


Bibliografia

Ciência, Arte, Jogo: Projetos e Atividades Lúdicas na Educação Infantil, Adriana Klisys, 160 págs.,
Ed. Peirópolis, tel. (11) 3816-0699, 46 reais
Jogos em Grupo na Educação Infantil, Constance Kamii e Rheta DeVries, 385 págs., Ed. Artmed,

Autor: Beatriz Santomauro

Para complementar suas atividades, considere utilizar brinquedos educativos que podem ser facilmente encontrados.


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