Bullying e seus efeitos no ambiente escolar
Este artigo discute as manifestações do bullying no cotidiano escolar e os efeitos que ele pode desencadear no desempenho dos alunos. Além disso, apresenta medidas de prevenção e a importância de um ambiente escolar seguro.
Bullying e seus efeitos no ambiente escolar
Resumo
Neste estudo bibliográfico, busco discutir as manifestações do fenômeno bullying no cotidiano escolar e os efeitos que ele pode desencadear no desempenho escolar dos alunos que sofrem tal agressão física ou psicológica. Inicialmente, o bullying será conceituado, e veremos o que ele abrange no ambiente escolar. Nesse estudo, destaco a necessidade de um melhor preparo dos professores e da comunidade escolar para reconhecer o bullying como algo nocivo para o desempenho das potencialidades dos estudantes. O bullying não é uma brincadeira inocente; ele interfere no processo ensino-aprendizagem e pode trazer consequências desastrosas para o seio escolar, não só para as vítimas, mas para todos que convivem neste ambiente. A escola deve ser um ambiente seguro, que permita à criança socializar-se e desenvolver responsabilidades, habilidades, defender ideias e, acima de tudo, assumir sua própria autonomia com segurança e respeito às diversidades.
Ao preparar os profissionais da educação para lidarem com as manifestações do bullying, poderemos contribuir para que o ambiente escolar se transforme em um local menos violento, valorizando a cidadania, o respeito, a ética e a solidariedade entre todos que compõem a comunidade escolar.
Palavras-chave: Bullying, Escola, Violência e Desempenho Escolar.
Introdução
A vida não é sempre fácil, mas podemos ensinar a uma criança ou jovem como desenvolver o escudo social e superar emocionalmente os ataques de bullies, fornecendo a eles as habilidades sociais simples da sobrevivência em grupo, para proteger a si mesmos e para lidar com encontros difíceis e fatigantes com maior segurança. Aprender essas habilidades sociais de sobrevivência é essencial para todas as crianças e jovens. Muitas das ideias incluídas neste artigo são projetadas para tentar trazer um sorriso de volta ao rosto de uma criança ou jovem tiranizado pelo bullying.
Segundo Sullivan (2000), tiranizar envolve o psicológico, o acadêmico, o emocional, o social e os abusos físicos. A característica crucial é a percepção: o alvo se sente impotente. O assunto crítico é a extensão do dano feito ao alvo. Aproximadamente um em cinco estudantes é tiranizado regularmente. Uma intimidação pode ou não ter a intenção de ferir, mas os danos serão feitos.
Field (1999) nos diz que tiranizar na escola sempre existiu, e muitos consideram essa prática como uma parte da vida escolar, uma brincadeira. Mas as comunidades receberam um chamado para acordar, sob a forma de inúmeros suicídios, ataques violentos e assassinatos cometidos por jovens alunos tiranizados por anos a fio, sem ninguém perceber o que estava acontecendo. Tiranizar é um sintoma de um sistema social disfuncional.
Segundo Field (1999), há quatro tipos principais de tiranias que caracterizam o bullying: arrelia, exclusão, tiranizar físico e perseguição.
Tipos de tiranias:
1. Arrelia
Arreliar é violência verbal. É o modo mais perigoso e duradouro de tiranizar. Os meios mais comuns da arrelia estão relacionados à aparência, sexualidade e aprovação social. Uma palavra que seja considerada normal em uma escola, estado (ou país) pode ser realmente má em outra. Embora as palavras variem, é a intenção, a audiência e o contexto social que prejudicam o alvo. A arrelia fere por causa da maneira média, sarcástica da intimidação, do tom, da expressão facial e da repetição regular. Os tipos principais de arrelia são: molestamento por gritos, insultos ao vivo ou via telefone, notas desagradáveis em lousas ou paredes, a Internet, o email, o envio de SMS e outros formulários eletrônicos, muito na moda para os jovens.
2. Exclusão:
A exclusão é baseada na manipulação social e pode ser expressa abertamente, como “você não pode se sentar conosco” – assim como comportamentos indiretos, sutis, secretos do envolvimento ou a linguagem corporal não verbal pela intimidação e por outros. Uma intimidação pode manipular o grupo sem sua participação direta, usando a estrutura social para atacar o alvo. O objetivo da exclusão é criar uma identidade do grupo que se transforma em um mecanismo de controle poderoso. Cada membro do grupo sabe que se tentar proteger o alvo, ele pode ser o alvo seguinte. Quando uma intimidação ocorre em classe, a presença do professor é relevante – uma sobrancelha levantada pode ser bastante para amedrontar um alvo.
Com a exclusão da criança do grupo de seus pares, a conversação, atividades ou jogos não compartilhados por ela trarão sérios prejuízos ao mesmo.
3. Físico
O tiranizar físico envolve regularmente atacar alguém que é mais fraco. Pode ser diretamente agressivo, como bater, empurrar e cuspir; ou indireto, como gestos e a propriedade de desfiguração ou esconder. Pode incluir o agarramento do alvo por sua roupa e o rasgo dela ou ser envolvido em lutas em que é mais fraco o alvo. Inclui: empurrão, compressão, perfuração, colisão, batida, puxar cabelo, limitação física, tropeços forçados e o uso de armas para roubar livros, almoço ou outras possessões de objetos à força.
4. Perseguição
A perseguição envolve geralmente perguntas repetidas, irritantes, indicações ou ataques sobre opções sexuais, do gênero racial, as religiosas ou da nacionalidade. Inclui: sujeitar uma criança a alguns gestos sexuais, interferência, atos de intimidade física e assaltos através do toque, do agarramento ou da compressão, por exemplo, tocar os seios de uma menina, tocar na parte inferior de uma criança ou em outras partes pessoais, passando rapidamente a saia de uma menina, urinando em alguém, puxando as cuecas do alvo para baixo na frente de outros estudantes, fazendo comentários diretos ou indiretos sobre a sexualidade de uma criança: “Você é gay”.
Há diferenças de gênero em tiranizar; os meninos e as meninas tiranizam de maneira diferente e ambos podem ser alvos. As meninas tiranizam geralmente outras meninas, mas podem igualmente tiranizar meninos. Os meninos usam frequentemente táticas mais agressivas, tiranizando para fazer uma reputação, enquanto as meninas fazem frequentemente isso para proteger sua reputação. Os meninos tendem a ser os caçadores que pertencem a grandes tribos hierárquicas. Tiranizam tipicamente abertamente e preferem tiranizar fisicamente. Focam em cima da realização individual e da ação, suportadas por sua aptidão. Estão menos interessados na arrelia, na exclusão e em tiranizar indiretamente. As meninas tendem a ser seletivas, tiranizando em menor escala. Preferem tipicamente o método de arreliar ou indireto, evitando o tiranizar físico. Usam o verbal, a bisbilhotice maliciosa e a exclusão como armas poderosas para controlar e manipular e proteger suas amizades em pequenos grupos. As meninas tendem a ser passivo-agressivas, enquanto os meninos tendem a ser agressivos.
As intimidações (e alvos) de ambos os sexos geralmente pouco desenvolveram habilidades de comunicação assertivas. De acordo com Fields (1999), as intimidações vêm em todas as formas e tamanhos e têm seus sinais bem claros que são:
Sinais Físicos:
Demonstra muita dispersão, têm equimoses, cortes, riscos, roupa rasgada sem uma explicação natural. Descreve ser empurrada. É envolvido nas lutas em que sente impotente. Queixa-se de dores e das dores menores, frequentemente doente com dificuldades de saúde. O sono mal começa e têm sonhos ruins. Parece pálido constantemente, tenso ou frustrado. Faz pedidos incomuns para o dinheiro. Tem muito apetite após a escola (se seu almoço ou dinheiro do lanche são roubados) ou não tem nenhum apetite. Está de repente atrasado para a escola, toma uma rota incomum ou prefere ser conduzido. Tenta permanecer perto de um professor ou de outros adultos durante o período escolar. Tem habilidades de comunicação pobres: contato de olho limitado e má postura.
Sinais Acadêmicos:
Tem dificuldades repentinas na classe, não participa em atividades da classe, não interage com os pares na sala, exibe uma deterioração repentina no trabalho e/ou nos trabalhos de casa e da classe. Não consegue desempenhar seu potencial usual.
Sinais Emocionais:
Parece sempre ansioso, aflito. Parece triste, deprimido, retirado, secreto. Tem mudanças repentinas no comportamento, como alterações bruscas de humor. Fica mais irritado do que o usual, sarcástico. Sempre diz que está bem, quando perguntado, apesar dos sintomas da raiva ou da tristeza. Transforma-se após uma chamada de telefone, uma mensagem de texto ou um email. É mais infeliz no fim dos fins de semana ou dos feriados antes de retornar à escola. Diz sempre que não tem muitos amigos, que não gosta de ir para a escola.
Sinais Sociais:
É degradado, ameaçado. Se sente o tempo todo embaraçado, ridicularizado ou humilhado na escola. É socialmente isolado, limita o contato com os colegas. Geralmente não é escolhido para uma equipe, projeto, jogo ou compartilhando de uma cabine no acampamento. Para de falar sobre outros estudantes e eventos sociais. Recebe chamadas de telefone misteriosas. Torna-se difícil em casa ou começa a tiranizar irmãos.
Segundo a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (ABRAPIA), o bullying é um problema mundial, sendo encontrado em toda e qualquer escola, não estando restrito a nenhum tipo específico de instituição: primária ou secundária, pública ou privada, rural ou urbana. Pode-se afirmar que as escolas que não admitem a ocorrência de bullying entre seus alunos, ou desconhecem o problema, ou se negam a enfrentá-lo (ABRAPIA, 2004).
O fenômeno internacional, resultado de atitudes agressivas intencionais e repetitivas entre estudantes que disputam poder, afeta a vida de 40,5% da população infantil carioca, segundo pesquisa realizada em 2002 pela ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência), envolvendo 5.875 estudantes de 5ª à 8ª séries, de 11 escolas localizadas no município do Rio de Janeiro.
São várias as indagações quando mencionamos este fenômeno nas escolas; muitas vezes, professores, diretores e funcionários conceituam como brincadeiras infantis, outras vezes, nem tomam conhecimento de que o fato esteja ocorrendo, e em outros casos, nem mesmo sabem que o bullying existe.
Segundo os autores pesquisados, dentre eles Leite (1999), Fante (2005), Lopes (2005), o bullying é uma realidade bem presente no cotidiano escolar, muitas vezes de forma mascarada entre os comportamentos das crianças (FANTE, 2005, p. 29).
Para Fante (2005, p. 29), o bullying pode ser responsável por vários resultados negativos no processo de aprendizagem e no relacionamento interpessoal entre alunos e no próprio desenvolvimento psíquico, devido às suas características, dentre elas: maltratar, causar sofrimento, desestruturar o emocional e acabar com a motivação da criança em relação à vida escolar. Fante (2005, p. 29)
Fante (2005, p. 73) caracteriza o autor do bullying pelo mau-caráter, impulsividade, apresentando-o como um indivíduo anti-social. Segundo a autora, muitas vezes sua agressividade é movida por uma base familiar deficitária, com comportamentos agressivos entre os próprios familiares, envolvidos em um relacionamento que estimula a criança a utilizar-se da violência para impor seu poder a fim de conseguir o que deseja. Na maioria das vezes, o agressor promove a violência acreditando que está agindo de forma correta, devido à concepção de valores que possui em sua vida, frente ao mundo que o cerca.
Embasada nos referenciais bibliográficos nacionais e internacionais, esse estudo tem como objetivo discutir as manifestações do fenômeno bullying no cotidiano escolar e seus efeitos no desempenho escolar.
Conceituando bullying
De acordo com a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (ABRAPIA), o termo bullying compreende todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), causando dor e angústia, e executadas dentro de uma relação desigual de poder. Portanto, os atos repetidos entre iguais (estudantes) e o desequilíbrio de poder são as características essenciais que tornam possível a intimidação da vítima.
A adoção universal do termo bullying foi decorrente da dificuldade em traduzi-lo para diversas línguas. Durante a realização da Conferência Internacional Online School Bullying and Violence, de maio a junho de 2005, ficou caracterizado que o amplo conceito dado à palavra bullying dificulta a identificação de um termo nativo correspondente em países como Alemanha, França, Espanha, Portugal e Brasil, entre outros.
Segundo Lopes (2004), as pesquisas sobre bullying são recentes e ganharam destaque a partir dos anos 1990, principalmente com Olweus, 1993; Smith & Sharp, 1994; Ross, 1996; Rigby, 1996. Estudos indicam que a prevalência de estudantes vitimizados varia de 8 a 46%, e de agressores, de 5 a 30%. Lopes (2005, p. 166) classifica o fenômeno bullying em três estilos: o bullying direto, que engloba a imposição de apelidos, assédios, agressões físicas, ameaças, roubos e ofensas verbais; bullying indireto, envolvendo atitudes de indiferença, isolamento e difamação; e o cyberbullying, que ocorre através da intimidação eletrônica por celulares ou internet, nos quais os alunos utilizam-se de mensagens e e-mails difamatórios, ameaçadores, assediadores e discriminatórios, provocando agressões. São atos utilizados com uma frequência quatro vezes maior entre os meninos. O bullying indireto acaba sendo o mais adotado pelas meninas.
Por não existir uma palavra na língua portuguesa capaz de expressar todas as situações de bullying possíveis, segue uma relação de algumas ações que podem estar presentes: colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, encarnar, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, dominar, agredir, bater, chutar, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, amedrontar, tiranizar, empurrar, ferir, roubar, quebrar pertences, entre outras formas.
Portanto, os atos repetidos entre estudantes e o desequilíbrio de poder são as características essenciais que tornam possível a intimidação da vítima. As primeiras investigações sobre bullying foram realizadas na Suécia nos anos 1970, e a partir daí o interesse se generalizou para os outros países escandinavos e outras regiões da Europa e Estados Unidos. No Brasil, os estudos enfocando o bullying são mais recentes e datam da década de 1990. A Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (ABRAPIA) e pesquisadores como Cleodelice Fante (2003), que realizou estudos em São José do Rio Preto, estado de São Paulo, têm se dedicado a esse tema, em especial.
O bullying no contexto escolar
É notório que a agressividade está alcançando grandes proporções dentro e fora da escola, uma vez que fortes questões sociais como: desemprego, moradia, fome, saúde e educação abalam a estrutura familiar, refletindo no contexto escolar, pois a criança reproduz o que vivencia. Estas questões relacionadas com a desigualdade e exclusão social têm conduzido ao crescimento da delinquência e da violência, quer na sociedade ou no interior da escola. Segundo Martin (1993; apud Leite, 1999), as raízes sociais dos alunos, o nível cultural das famílias, a situação profissional dos pais, a área onde habitam parecem ser fatores de influência no que se refere ao comportamento dos alunos.
Pesquisas recentes registradas por Pinheiro (2006, p. 121) revelam que muitas crianças estão sofrendo bullying, por meio de ataques ao seu gênero sexual, com brincadeiras maliciosas que as rotulam com características masculinas ou afeminadas, tais como: gay, lésbica, sapatão e frutinha, apelidos que têm a finalidade de agredir e destruir a moral do aluno frente ao grupo escolar.
Segundo a psicoterapeuta especializada em terapia infantil pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) e professora do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Existencial do ISECENSA – Campos dos Goytacazes, Cristiana Pizarro, “os alvos, em geral, são pouco sociáveis e detentores de um forte sentimento de insegurança, que os impede de solicitar ajuda, além de não disporem de status, recursos ou habilidade para cessarem os atos danosos contra si”.
Os resultados do Programa asseguram que as vítimas do fenômeno bullying sofrem danos psicológicos que podem ser irreversíveis, caso não haja uma intervenção rápida por parte de um profissional, que adequará o melhor tipo de tratamento ao caso em questão. É consenso entre os estudiosos deste tipo de violência afirmar que as vítimas de bullying passam a ter déficit escolar, dificuldade de concentração, resistência a ir para a escola, se mostram mais sensíveis ou até mesmo agressivos em família e evitam contato com outras crianças ou adolescentes.
Podem ocorrer diferentes implicações psicológicas em crianças e jovens vítimas do bullying. O impacto imediato percebido é a queda do desempenho escolar em razão da convivência da criança em ambiente agressivo, que gera medo, ansiedade e insegurança, repercutindo no seu nível de aprendizado. Essas crianças e jovens podem ter poucos amigos e manifestam reações de rejeição à escola (fobia escolar). Alguns sinais que as vítimas podem apresentar incluem: demonstrar falta de vontade de ir à escola; sentir-se mal perto da hora de sair de casa; pedir para trocar de escola; pedir sempre para ser levado à escola; mudar frequentemente o trajeto entre a casa e a escola; apresentar baixo rendimento escolar; voltar da escola, repetidamente, com roupas e materiais rasgados; chegar muitas vezes em casa com machucados sem explicação convincente; parecer angustiado, ansioso e deprimido; ter pesadelos constantes com pedidos de socorro ou “me deixa”; perder, repetidas vezes, seus pertences e dinheiro.
O bullying é disseminado por todas as classes sociais, em escolas públicas e privadas, podendo se manifestar verbalmente, fisicamente e psicologicamente, e de forma diferenciada entre gêneros.
Segundo Martin (1993; apud LEITE, 1999), as raízes sociais dos alunos, o nível cultural das famílias, a situação profissional dos pais, a área onde habitam parecem ser fatores de influência no que se refere ao comportamento dos alunos.
Leite (1999) ressalta que os meninos estão mais envolvidos com o bullying, tanto como autores quanto como alvo. Nos meninos, o bullying é mais físico. Já entre as meninas, se caracteriza, principalmente, como prática de exclusão ou difamação.
Os estudos apontam, segundo Sharp & Smith (1994), que na grande maioria das vezes os alunos envolvidos na prática do bullying são da mesma sala ou do mesmo ano escolar, e geralmente o agressor é mais velho do que o que é molestado. Existem três agentes comuns nesta prática de violência: a vítima, o agressor e o observador, e não só a vítima sofre com a prática; muitas vezes, o observador também se traumatiza com o que vê e pode também apresentar os mesmos sintomas de mal rendimento escolar, devido ao medo de ser ele a próxima vítima.
Conforme Ballone (2005), os autores são comumente indivíduos que têm pouca empatia, são antipáticos, arrogantes e desagradáveis. Frequentemente pertencem a famílias desestruturadas, nas quais há pouco relacionamento afetivo entre seus membros.
De acordo com Fante (2002), muitas vítimas passam a ter baixo desempenho escolar, apresentam queda no rendimento escolar, déficit de concentração, prejuízos no processo de aprendizagem, resistem ou recusam-se a ir para a escola, trocam de colégios com frequência ou abandonam os estudos, desesperando os pais que, na sua grande maioria, nem sabem que seu filho está sendo vítima de bullying escolar.
Field (1999) nos fala que o diretor escolar é como o condutor de uma orquestra, traduz as exigências e expectativas do estado e da comunidade escolar em práticas de uma escola amigável. Precisa coordenar todas as seções da escola, da equipe de funcionários aos estudantes, e precisa ser vigilante em monitorar a qualidade do respeito e da justiça praticados neste ambiente acadêmico, para a escola prosperar. Quando a escola tem um diretor responsável que forneça um modelo forte de liderança, lá o bullying com certeza se instalará menos.
Se a escola não intervém de forma ágil e efetiva contra a prática do bullying, o ambiente poderá disseminar maiores violências, pois todos os alunos, sem exceção, são afetados de forma negativa; todos eles ficam reféns de seus sentimentos de medo e ansiedade. Muitos desses alunos, ao perceberem que não houve nenhum tipo de punição para quem pratica o bullying, podem passar a reproduzir a prática, achando que não sofrerão maiores consequências.
Alguns dos casos citados na imprensa, como o ocorrido na cidade de Taiúva, interior de São Paulo, no início de 2003, em que um ou mais alunos entraram armados na escola, atirando contra quem estivesse à sua frente, retratavam reações de crianças vítimas de bullying. Merecem destaque algumas reflexões sobre isso:
– Alguns alunos de escolas onde a prática do bullying os oprimiram por muito tempo reagiram usando armas para demonstrar o quanto estavam ultrajados e humilhados, provocando grandes tragédias, anunciadas pela mídia.
– Para demonstrar toda a sua revolta, esses alunos que enveredaram pela vingança não atiraram apenas em quem os havia ferido e magoado; eles atiraram contra todo o sistema escolar, que havia negligenciado suas dores e sentimentos.
As medidas adotadas pela escola para o controle do bullying, se bem aplicadas e envolvendo toda a comunidade escolar, contribuirão positivamente para a formação de uma cultura de não violência na sociedade.
As crianças que sofrem bullying, dependendo de suas características individuais e de suas relações com os meios em que vivem, em especial as famílias, poderão não superar, parcial ou totalmente, os traumas sofridos na escola. Poderão crescer com sentimentos negativos, especialmente com baixa auto-estima, tornando-se adultos com sérios problemas de relacionamento. Poderão assumir também um comportamento agressivo. Mais tarde, poderão vir a sofrer ou a praticar o bullying no trabalho (Workplace bullying). Em casos extremos, alguns deles poderão tentar ou cometer suicídio.
Os fatores de risco
Fante (2003) nos alerta que o bullying é uma forma de violência que mais cresce no mundo e gera grande sofrimento para suas vítimas. As formas nocivas de difamações, intimidações, apelidos maldosos, constrangimentos e toda sorte de maldades podem acabar em colapso emocional de meninos e meninas de todo o mundo, que diariamente são perseguidos e maltratados por agentes praticantes do bullying, sendo o efeito algo desastroso para a sanidade psíquica, as relações interpessoais, a cidadania, o respeito e, principalmente, para a construção de uma boa relação ensino-aprendizagem, pois as vítimas de bullying sofrem uma grande ruptura no processo educacional.
Para o espanto de educadores, o bullying tem-se estendido cada vez mais para as séries iniciais e acaba, muitas vezes, por sair da escola e invadir a vida pessoal através de mensagens pela Internet e celulares. Já aos quatro, cinco e seis anos, identificamos alguns comportamentos de discriminação que podem ter repetidamente o mesmo alvo. Aparecem os conflitos, panelinhas, provocações e humilhações. É aqui que pais e educadores devem estar atentos para poder inibir esse comportamento antes que ele se instale e seja mais difícil de eliminá-lo.
A maioria dos casos de bullying nas escolas não é tratada do ponto de vista psicológico, mas sim como indisciplina. Neste caso, as consequências podem ser danosas para as crianças que sofrem bullying. Elas poderão crescer com sentimentos negativos, baixa auto-estima, podem ter depressões e problemas de relacionamento e um déficit escolar que, em muitos casos, é muito difícil de recuperar. Muitas vezes, algumas vítimas, na ânsia de se vingar, acabam tornando-se praticantes de bullying. Os autores poderão levar para a vida adulta os mesmos comportamentos anti-sociais, adotando atitudes agressivas no seio familiar (violência doméstica) ou no ambiente de trabalho. Já as testemunhas podem se tornar inseguras e temerosas de que possam se tornar as próximas vítimas e não querer mais frequentar o ambiente onde presenciam as práticas do bullying, prejudicando assim seus estudos ou lazer.
De acordo com pesquisa do Centro de Estudos de Prevenção à Violência da Universidade do Colorado, fatores econômicos, sociais e culturais, aspectos inatos de temperamento e influências familiares, de amigos, da escola e da comunidade constituem riscos para a manifestação do bullying e causam impacto na saúde e desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Para Dawkins (1995 apud LOPES 2005), considerando-se que a maioria dos atos de bullying ocorre fora da visão dos adultos, que grande parte das vítimas não reage ou fala sobre a agressão sofrida, pode-se entender por que professores e pais têm pouca percepção do bullying, subestimam a sua prevalência e atuam de forma insuficiente para a redução e interrupção dessas situações. Conforme diz Lopes (2004), a ABRAPIA identificou que 51,8% dos autores de bullying admitiram não terem sido advertidos. A aparente aceitação dos adultos e a consequente sensação de impunidade favorecem a perpetuação do comportamento agressivo.
A redução dos fatores de risco pode prevenir o comportamento agressivo entre crianças e adolescentes.
Medidas preventivas
Lopes (2005) nos orienta que devemos ir além de avaliar nossos alunos pelas notas e testes; devemos estar atentos e monitorar as crianças e os jovens também pelas atitudes que eles apresentam, observando as relações interpessoais que os mesmos têm em seu convívio escolar com seus colegas, e isso deve ser estendido aos pais, que também devem estar atentos a qualquer mudança atitudinal de seus filhos, sendo parceiros da escola nesta empreitada de coibir a prática do bullying, seja seu filho autor ou vítima do fenômeno, os pais devem intervir de forma atuante.
É mister que ao desenvolver programas anti-bullying, sejam levadas em conta as características sociais, econômicas e culturais da comunidade escolar, ficando assim mais adequado agir dentro da realidade de cada grupo.
Lopes (2005) afirma que o fenômeno bullying é complexo e de difícil solução, e diz que é preciso que o trabalho seja continuado. As ações são relativamente simples e de baixo custo, podendo ser incluídas no cotidiano das escolas, inserindo-as como temas transversais em todos os momentos da vida escolar.
Fante (2005, p. 67) afirma que o bullying ocorre com maior frequência na sala de aula e, assim, há uma preocupação com a figura do professor em seu ambiente de atuação, pois os alunos, muitas vezes, desrespeitam sua presença, promovendo um ambiente de insegurança, com conflitos constantes, no qual até o professor acaba tornando-se vítima do bullying.
Pais e professores, portanto, devem estar preparados para lidarem com esta ameaça, que muitas vezes chega de forma silenciosa, e devem também ser preparados para lidarem com os agressores deste tipo de violência, que de alguma forma devem ser recuperados para o ambiente escolar.
Se a escola não tomar providências para coibir o assédio de bullying, pais e professores podem recorrer ao Conselho Tutelar, podendo abrir processo junto à Justiça, cobrando do agressor ou de seus responsáveis a reparação dos danos, sejam eles físicos ou psíquicos.
Recentemente, a novela exibida pela Rede Globo, Caminhos das Índias (2009), trouxe à baila o caso de Zeca, um adolescente inconsequente, que praticava todos os tipos de violência, dentro e fora da escola, e o bullying era uma das suas formas de agressão predileta.
Os pais do personagem em questão eram permissivos e relapsos em sua criação, e a escola também não conseguia colocar limites para o grupo de alunos que praticava a violência no seio escolar, formando um círculo vicioso de muita agressão e agredidos.
Se pudéssemos aliar a prática de um ensino mais humano, voltado para a sabedoria e menos técnico, talvez pudéssemos prevenir de forma efetiva a saúde psicológica de nossos alunos.
Considerações finais
Ao longo desse estudo, pude perceber que inúmeras crianças e adolescentes estão expostos ao risco de sofrerem abusos regulares de seus pares, e que as escolas identificam apenas algumas características do bullying e dos estudantes envolvidos, talvez pela complexidade que o fenômeno engloba, talvez por ser mais fácil ignorá-lo do que enfrentá-lo, mas é mister deixar claro aqui que as consequências para o desenvolvimento das vítimas do bullying podem ser traumas e bloqueios que podem se arrastar por toda a sua vida e comprometer seriamente seu desenvolvimento escolar.
Para Fields (1999), as consequências no ambiente escolar são desastrosas para os vitimados pela prática do bullying, pois os mesmos sofrem dificuldades na concentração, na aprendizagem e na memória. Falta a motivação para trabalhar ou apreciar seus estudos. Algumas vítimas até focam em seus estudos, mas evitam atividades extracurriculares. Atendem às necessidades de classe irregularmente e, na maioria das vezes, faltam com frequência na aula de educação física. Os alvos não questionam, não contribuem nem se queixam para evitar atrair a atenção em sala de aula. As crianças com dificuldades de aprendizagem escondem suas inabilidades de medo de serem chamadas de estúpidas, assim lhes é negado o auxílio extra. As crianças inteligentes e sensíveis temem expor seus conhecimentos. Temem ser ridicularizadas por estudantes ciumentos. Não desenvolvem seu potencial; disfarçam seus talentos originais e restringem suas realizações. Embora a aprendizagem cooperativa em um grupo seja uma maneira excelente de aprender, algumas crianças temem o trabalho de grupo onde é esperado fazer todo o trabalho difícil, e arriscam assim a desaprovação ou a zombaria. Sabotam sua aprendizagem escondendo seus pensamentos a fim de reduzir humilhações de todo tipo.
Para Fante (2005, p. 209), o ambiente escolar poderia até ser um aliado contra manifestações de bullying, já que deve orientar e ensinar os alunos a como se portar perante uma situação onde o bullying estivesse presente, desenvolvendo neles a habilidade de lidar com suas emoções, levando para dentro da escola a valorização do respeito e resgatando a cidadania dos que são ultrajados por tal prática; pois, é na interação com seus pares, professores e equipe pedagógica que a criança está aprendendo como se posicionar frente a essas questões, no espaço escolar. Além disso, aqueles mais agressivos devem receber o apoio necessário para demovê-los de caminhos que possam vir a causar danos por toda a vida das suas vítimas e de sua própria.
Para Lopes (2005), reduzir a prevalência de bullying nas escolas pode ser uma medida de saúde pública altamente efetiva para o século XXI. A sua prevalência e gravidade compeliriam os pesquisadores a investigar os riscos e os fatores de proteção, associados com a iniciação, manutenção e interrupção desse tipo de comportamento agressivo. Os conhecimentos adquiridos com os estudos devem ser utilizados como fundamentação para orientar e direcionar a formulação de políticas públicas e para delinear as técnicas multidisciplinares de intervenção que possam reduzir esse problema de forma eficaz.
No Brasil, onde há grande movimento para todas as formas de inclusão escolar, e grande incentivo por parte dos governantes para que seja disseminada a educação como agente de crescimento da Nação, é necessário que todas as escolas se empenhem em prevenir e controlar o bullying, pois nenhuma escola está imune a esta prática nociva.
Para que isso ocorra, é necessário que seja feito um levantamento junto aos membros da escola (pais, professores, funcionários, coordenação, direção e alunos) para saber o grau de conhecimento que os mesmos têm sobre o tema bullying e sobre a frequência que eles acreditam que o mesmo ocorra nas dependências escolares.
Segundo Lopes (2005), as instituições de saúde e educação, assim como seus profissionais, devem reconhecer a extensão e o impacto gerado pela prática de bullying entre estudantes e desenvolver medidas para reduzi-la rapidamente. Mesmo admitindo que os atos agressivos derivem de influências sociais e afetivas, construídas historicamente e justificadas por questões familiares e/ou comunitárias, é possível considerar a possibilidade infinita de pessoas descobrirem formas de vida mais felizes, produtivas e seguras. Mas esse desafio não é simples e, em geral, depende de uma intervenção interdisciplinar firme e competente.
Lopes (2005) atesta que o bullying pode ser entendido como um balizador para o nível de tolerância da sociedade com relação à violência. Portanto, enquanto a sociedade não estiver preparada para lidar com o bullying, serão mínimas as chances de reduzir as outras formas de comportamentos agressivos e destrutivos.
Segundo Fante (2003), o envolvimento de professores, funcionários, pais e alunos é fundamental para a implementação de projetos de redução do bullying. A participação de todos visa estabelecer normas, diretrizes e ações coerentes. As ações devem priorizar a conscientização geral; o apoio às vítimas de bullying, fazendo com que se sintam protegidas; a conscientização dos agressores sobre a incorreção de seus atos e a garantia de um ambiente escolar sadio e seguro.
Para Allan Bean, especialista nesta área, o local da escola onde o bullying é mais frequente é o recreio, sendo a sua fraca supervisão uma das razões principais para que tal aconteça.
Para que este evento não ocorra, é necessário maior empenho da supervisão escolar, por parte dos adultos que coordenam este momento, onde os alunos estão à vontade e sem a presença de um professor, o que pode dar margem para que eventos relacionados ao bullying possam ocorrer.
Ser vítima de bullying é, sem dúvida, fonte de grande perturbação emocional. Por isso, é urgente contar com a colaboração dos elementos da comunidade educativa, no sentido de pôr fim a qualquer eventual situação de violência. O importante é que a criança e o adolescente tenham a percepção da escola como um local onde se é bom estar.
Toda medida que a comunidade escolar vier a tomar para coibir o bullying escolar surtirá efeito não só nas relações escolares, como deverá ser visto seu efeito para além dos muros da escola, pois as mudanças de atitudes de alunos e professores se estendem para toda a comunidade, gerando entre os pares uma cultura de não violência, que poderá servir até mesmo para as violências ditas domésticas.
Deve-se promover no ambiente escolar debates e fóruns de discussão sobre as várias formas de violência, visando o respeito mútuo e a afetividade, tendo como foco as relações humanas. Além disso, tais assuntos precisam fazer parte da rotina da escola como ações atitudinais e não apenas conceituais. De nada valerá falar sobre a não-violência se os próprios profissionais em educação usam de atos agressivos, verbais ou não, contra seus alunos. Os esforços devem ser direcionados para a diminuição da exposição à violência no ambiente escolar, doméstico e comunitário, além daquela divulgada pela mídia.
Professores e especialistas devem buscar informações de como intervir nas relações escolares quando o bullying está inserido neste contexto, buscando informações corretas a respeito deste fenômeno nos órgãos competentes, como: centros de saúde, conselhos tutelares, fóruns de debates, seminários a respeito do tema e redes de apoio.
Finalizando, para Lopes (2005), aos alunos autores, devem ser dadas condições para que desenvolvam comportamentos mais amigáveis e sadios, evitando o uso de ações puramente punitivas, como castigos, suspensões ou exclusão do ambiente escolar, que acabam por marginalizá-los.
Deixo como sugestão a criação e implementação de programas de prevenção e acompanhamento do bullying nas escolas, além de maior atenção de estudos da área da psicologia escolar para investigação de tal fenômeno, pois educar para a cidadania é a responsabilidade social aplicada em sala de aula. Se ensinar é incentivar competências e formar profissionais; educar é incentivar responsabilidade social e gerar cidadãos. Segundo Chico Alencar, ser educador,
“Não é um fazer repetitivo, onde acontece todo o dia tudo sempre igual, num cotidiano monótono. Educar é criar continuamente, é amanhecer com energias renovadas, é saber que nada se repete pela simples razão de que lidamos com gente.” (ALENCAR, 1996)
Muito modestamente, através deste estudo, que é fonte inesgotável de pesquisa, meu objetivo foi o de trazer para o centro do debate as seguintes indagações: a escola vem executando políticas anti-bullying para todos? É a escola vigilante e consistente em suas ações? A direção desanima ativamente o tirano? A escola propaga uma forma de se fazer queixas de uma forma sadia? Estarão as escolas e seus gestores dando o real valor para um problema tão sério? Como estão sendo acolhidas as reclamações dos molestados por esta prática de violência?
Através destas indagações, poderemos pensar em ações que permitam transformar o ambiente que permeia a escola e trazer respostas para avanços que possam refletir de forma positiva no processo de ensino-aprendizagem, dentro e fora da escola, pois cada aluno é um mundo à parte, complexo, denso, desafiador e instigante para nós educadores, e tem por direito, estabelecido por lei pela LDB (LEI DE DIRETRIZES E BASE), TÍTULO II, dos Princípios e Fins da Educação Nacional, artigo 2º e 3º, neste último, quero explicitar o parágrafo IX que nos diz que é Princípio e Fim da Educação Nacional a garantia de padrão de qualidade. Cabe a nós lutarmos para que esta qualidade um dia seja realidade para todos e possamos evitar, segundo Field (1999), as consequências acadêmicas desastrosas causadas pelo bullying.
Toda criança tem o direito de sentir-se segura na escola.
Referências
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Autor: Claudia Turatti de Lima
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