O dicionário Aurélio, de Língua Portuguesa, define professor como “aquele que professa ou ensina uma ciência, uma arte, uma técnica, uma disciplina” Já o termo educador, que tem origem do vocábulo latim “educatore”, é definido como “aquele que educa”. Não se pretende com este texto desconsiderar, tampouco, diminuir a figura do professor, mas diferenciá-lo dos educadores. Sendo os dois, tanto professores como educadores, fundamentais para o desenvolvimento intelectual da sociedade.
A Educação é um ato que envolve o ser humano holisticamente, ou seja, em todos os seus aspectos, sejam físicos, cognitivos ou morais. Ser educador, nessa perspectiva, implica enxergar o aluno como ser dotado de saberes, qualidades e potencialidades. O educador não está preocupado exclusivamente em repassar o conteúdo de sua disciplina, mas em compreender, entender e tornar a escola um ambiente de felicidade. Para que o aluno aprenda satisfatoriamente, ele precisa estar feliz.
É importante frisar que todos os educadores são professores, todavia nem todos os professores são educadores. Já ouvi muita gente falar que os professores são responsáveis por ensinar, enquanto os educadores são os atores componentes da escola. Esse pensamento é equivocado, pois educar é um ato que requer tempo, paciência e perseverança. Não se pode confundir os processos de instruir e educar, pois são distintos.
Na visão do educador, ao contrário do que pensam os professores tradicionais, considerando-se donos do saber, ele é um sujeito em constante processo de aprendizagem. O educador é aquele capaz de construir, juntamente com seus alunos, um aprendizado voltado para seus interesses e realidades. Ele não despreza as falas dos educandos, tampouco faz uso do velho “magister dixit” (o mestre disse – expressão latina utilizada para se enfatizar algo inquestionável), vendo os erros de seus alunos não como obstáculos, mas como base para novos aprendizados e conquistas.
Encontramos muitos professores pelo Brasil afora, mas, como enfatiza o grande educador Rubem Alves, professor é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao contrário, não é profissão; é vocação. E toda vocação nasce de um grande amor, de uma grande esperança.
Grandes educadores como Paulo Freire, Anísio Teixeira, Freinet, Ferreiro, dentre outros, contribuíram para termos uma educação mais emancipadora, democrática, participativa e consonante com as realidades dos aprendizes. Assim como há tantos outros educadores espalhados por todo o território nacional que desenvolvem sua profissão e vocação por amor, persistência e esperança. Educadores que muitas vezes saem às escuras de suas casas e percorrem 2, 3… 5 quilômetros a pé, e sempre recebem seus alunos com um abraço e um sorriso no rosto. A vocês educadores, semeadores de amor, meus aplausos e sinceros agradecimentos por enfeitarem nossos jardins, quais sejam: as escolas.
Ivanilson Costa é pedagogo e escreve a convite do Instituto de Desenvolvimento da Educação (IDE), que colabora às sextas-feiras.
Fonte:http://www.ivanilson.com
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Sou professora e não gosto de ser chamada de educadora, mas o fato de eu não gostar de ser chamada de educadora e sim de professora não faz com que eu não exerça a minha profissão com amor. Porque meu amigo pelo tanto que a gente trabalha e o tanto de coisas que são delegadas a nós são demais. Muitas vezes mal sobra tempo para cuidar da minha própria família como se fossemos os salvadores da pátria e não somos. A sociedade vê esse profissional como educador ou seja aquele que vai dar educação para seu filho com coisas básicas, por exemplo. Valorizem, por favor àqueles que formam todas as profissões inclusive a própria. Antigamente havia salas lotadas inclusive fiz parte delas como estudante, mas os professores tinham autonomia para ensinar, respeito da sociedade, dos alunos e das famílias. Hoje em dia passado “mil anos” os professores continuam com salas lotadas, giz e lousa salários vergonhosos atribuição de trabalhos sem fim como se não tivéssemos vida, famílias, sentimentos. Como se não sentíssemos cansaço ou seja temos que estar sempre nos desdobrando em mil para em tempo record fazer milagres naquilo que é responsabilidade de todos principalmente dos governantes e das famílias. Quero valorização, quero ter meu final de semana com minha família e meus filhos, quero que minha vida profissional fique lá como qualquer outro trabalhador que não leva trabalho pra casa esquecendo se de si próprio e daquilo que me define como profissional e dona também da minha casa e da minha vida. E é melhor eu parar por aqui… Espero que cada um faça sua parte. Pois tá cheio de gente dando opinião de como nós professores devemos fazer nosso trabalho, mas somos nós que sabemos como é essa profissão e a complexidade geral que gira em torno dela.
Ah !! educação e ensino, parece-me que não existe aí uma separação radical pois na vida a gente sempre aprende e é educado ao mesmo tempo, não havendo aí uma separação rígida como opinam. Felizardos aqueles que tiveram seu aprendizado regular nas escolas , e a educação no lar ou em qualquer ambiente de paz, carinho e muito amor. PENSO.!!! Waldir alves
Equivoca-se o Pedagogo, a educação ultrapassa em muito os muros da escola, a educação está em todas as relações sociais e interpessoais, perto de todo o contexto do que abrange a educação a escola é só um dentre muitos e muitos agentes de educação. Quem realmente educa é o mundo e a escola é só um ponto num imenso mundo, por isso ela por si só nunca resolverá o problema da educação, que ´vai muito além da escolarização, um indivíduo pode ser altamente escolarizado e não ser bem educado… Vou além…É um grande erro os professores se alto titularem educadores…É isso que muitos querem, por nos ombros de um trouxa qualquer a responsabilidades que é de toda a sociedade.
Prezado Clésio. A Escola sozinha realmente não muda a educação. Nem mesmo um professor sozinho, por mais brilhante que seja, consegue mudar a sociedade. No entanto, se cada um der sua contribuição, por menor que seja, haverá mudança. A educação não busca a mudança da sociedade e sim a mudança de pessoas. Mudando pessoas, certamente a sociedade mudará. Concordo que há muitos professores que nem querem e nem devem ser chamados de educadores. Mas penso que o ideal seria que todos que atuam na escola pudessem ser chamados de professor-educador.
Professor é profissão. Educador é quem educa. O problema é que “professores” se intitulam educadores achando que são o pilar da mudança. Pobres coitados!
Quem me educou foi meu pai, minha mãe e as pessoas importantes na minha vida. Não fui à escola para ser educado. Para isso já existe minha família.