Ajudando o professor a entender e trabalhar com a dislexia
Este artigo oferece recursos e informações para professores que desejam compreender e ajudar alunos com dislexia, abordando sinais, características e estratégias de ensino.
Ajudando o professor a entender e trabalhar com a dislexia
Dislexia é uma dificuldade específica de aprendizado da linguagem, que se manifesta em leitura, soletração, escrita, linguagem expressiva ou receptiva, e até em cálculos matemáticos. Não é causada por falta de interesse, motivação, esforço ou vontade, e não está relacionada a problemas de acuidade visual ou auditiva.
Muitas vezes confundida com déficit de atenção ou problemas psicológicos, a dislexia se caracteriza pela dificuldade do indivíduo em decodificar símbolos, ler, escrever, soletrar, compreender um texto, reconhecer fonemas e realizar tarefas relacionadas à coordenação motora. Além disso, é comum que o disléxico troque, inverta, omita ou acrescente letras e palavras ao escrever.
Pesquisas científicas recentes indicam que o sintoma mais conclusivo do risco de dislexia em uma criança é o atraso na aquisição da fala e a deficiente percepção fonética. Quando esse sintoma está associado a casos familiares de dificuldades de aprendizado, a dislexia é considerada genética. Especialistas afirmam que a criança pode ser avaliada a partir dos cinco anos e meio, idade ideal para o início de um programa remediativo que pode trazer respostas favoráveis para superar ou minimizar essa dificuldade.
Os pais e professores devem ficar atentos a alguns sinais na primeira infância, pois é de grande importância que a dislexia seja observada o quanto antes, a fim de evitar que a criança desenvolva desinteresse pelos estudos e enfrente frustrações.
Sinais de Dislexia:
Primeira infância
1 – Atraso no desenvolvimento motor, como engatinhar, sentar e andar;
2 – Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio até a pronúncia de palavras;
3 – Dificuldade em entender o que está ouvindo;
4 – Distúrbios do sono;
5 – Enurese noturna;
6 – Suscetibilidade a alergias e infecções;
7 – Tendência à hiperatividade ou hipoatividade;
8 – Choro frequente e inquietação;
9 – Dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 – Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
2 – Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio até a pronúncia de palavras;
3 – Dificuldade em entender o que está ouvindo;
4 – Distúrbios do sono;
5 – Enurese noturna;
6 – Suscetibilidade a alergias e infecções;
7 – Tendência à hiperatividade ou hipoatividade;
8 – Choro frequente e inquietação;
9 – Dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 – Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
Entre 3 a 6 anos (na pré-escola)
1. Fala como um bebê?
2. Pronuncia palavras de forma errada?
3. Não reconhece as letras que soletram seu nome?
4. Tem dificuldade em lembrar o nome de letras, números e dias da semana?
5. Leva muito tempo para aprender novas palavras?
6. Tem dificuldade em aprender rimas infantis?
2. Pronuncia palavras de forma errada?
3. Não reconhece as letras que soletram seu nome?
4. Tem dificuldade em lembrar o nome de letras, números e dias da semana?
5. Leva muito tempo para aprender novas palavras?
6. Tem dificuldade em aprender rimas infantis?
Entre 6 ou 7 anos (primeira série)
1. Dificuldade em dividir palavras em sílabas?
2. Não consegue ler palavras simples e monossilábicas, como “rei” ou “bom”?
3. Comete erros de leitura que demonstram dificuldade em relacionar letras a seus respectivos sons?
4. Tem dificuldade em reconhecer fonemas?
5. Reclama que ler é muito difícil?
6. Comete erros ao escrever e soletrar palavras?
7. Memoriza textos sem compreendê-los?
2. Não consegue ler palavras simples e monossilábicas, como “rei” ou “bom”?
3. Comete erros de leitura que demonstram dificuldade em relacionar letras a seus respectivos sons?
4. Tem dificuldade em reconhecer fonemas?
5. Reclama que ler é muito difícil?
6. Comete erros ao escrever e soletrar palavras?
7. Memoriza textos sem compreendê-los?
Entre 7 e 12 anos
1. Comete erros ao pronunciar palavras longas ou complicadas?
2. Confunde palavras de sonoridade semelhante, como “tomate” e “tapete”?
3. Utiliza excessivamente palavras vagas como “coisa”?
4. Tem dificuldade para memorizar datas, nomes ou números de telefone?
5. Pula partes de palavras com muitas sílabas?
6. Substitui palavras difíceis por outras mais simples ao ler em voz alta?
7. Comete muitos erros de ortografia?
8. Escreve de forma confusa?
9. Não consegue terminar as provas?
10. Sente medo de ler em voz alta?
2. Confunde palavras de sonoridade semelhante, como “tomate” e “tapete”?
3. Utiliza excessivamente palavras vagas como “coisa”?
4. Tem dificuldade para memorizar datas, nomes ou números de telefone?
5. Pula partes de palavras com muitas sílabas?
6. Substitui palavras difíceis por outras mais simples ao ler em voz alta?
7. Comete muitos erros de ortografia?
8. Escreve de forma confusa?
9. Não consegue terminar as provas?
10. Sente medo de ler em voz alta?
A partir dos 12 anos
1. Comete erros na pronúncia de palavras longas?
2. Seu nível de leitura está abaixo dos colegas?
3. Inverte a ordem das letras?
4. Tem dificuldades em soletrar palavras?
5. Lê devagar?
6. Evita ler e escrever?
7. Tem dificuldade em resolver problemas de matemática que exigem leitura?
8. Tem dificuldade em aprender uma língua estrangeira?
2. Seu nível de leitura está abaixo dos colegas?
3. Inverte a ordem das letras?
4. Tem dificuldades em soletrar palavras?
5. Lê devagar?
6. Evita ler e escrever?
7. Tem dificuldade em resolver problemas de matemática que exigem leitura?
8. Tem dificuldade em aprender uma língua estrangeira?
A característica mais marcante do disléxico é a persistência de erros ao ler e escrever. A análise qualitativa da leitura oral de um disléxico pode revelar dificuldades como:
– Confusão entre letras, sílabas ou palavras com diferenças sutis de grafia;
– Confusão entre letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço;
– Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras;
– Substituição de palavras por outras de estrutura similar;
– Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras;
– Repetições de sílabas, palavras ou frases;
– Pular uma linha ou perder a linha ao ler;
– Soletração defeituosa;
– Problemas com a compreensão.
– Confusão entre letras com grafia similar, mas com diferente orientação no espaço;
– Inversões parciais ou totais de sílabas ou palavras;
– Substituição de palavras por outras de estrutura similar;
– Adições ou omissões de sons, sílabas ou palavras;
– Repetições de sílabas, palavras ou frases;
– Pular uma linha ou perder a linha ao ler;
– Soletração defeituosa;
– Problemas com a compreensão.
Foram desenvolvidos diversos programas para tratar a dislexia. Não há um único tratamento adequado a todas as pessoas, mas a maioria enfatiza a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário e a melhoria da compreensão e fluência na leitura. É aconselhável que a criança disléxica leia em voz alta com um adulto para correção. Ajudar disléxicos a melhorar sua leitura é um processo trabalhoso que exige atenção e repetição.
Dicas para professores:
• Mostrar interesse genuíno pelo aluno disléxico e suas dificuldades;
• Posicionar o aluno perto do professor para facilitar a ajuda;
• Repetir novas informações e verificar a compreensão;
• Dar tempo suficiente para concluir as atividades;
• Ensinar métodos e práticas de estudo;
• Encorajar a sequência de ver, tapar, escrever e verificar;
• Ensinar regras ortográficas;
• Utilizar mnemônicas;
• Incentivar o uso de ferramentas digitais para digitação;
• Permitir apresentações criativas de trabalhos;
• Criar rotinas para ajudar na organização;
• Elogiar o que o aluno faz bem;
• Incentivar a participação em atividades práticas;
• Não presumir que o aluno é preguiçoso;
• Evitar comparações com outros alunos;
• Não pedir para ler em voz alta;
• Não corrigir todos os erros;
• Não insistir na reformulação sem propósito claro.
• Posicionar o aluno perto do professor para facilitar a ajuda;
• Repetir novas informações e verificar a compreensão;
• Dar tempo suficiente para concluir as atividades;
• Ensinar métodos e práticas de estudo;
• Encorajar a sequência de ver, tapar, escrever e verificar;
• Ensinar regras ortográficas;
• Utilizar mnemônicas;
• Incentivar o uso de ferramentas digitais para digitação;
• Permitir apresentações criativas de trabalhos;
• Criar rotinas para ajudar na organização;
• Elogiar o que o aluno faz bem;
• Incentivar a participação em atividades práticas;
• Não presumir que o aluno é preguiçoso;
• Evitar comparações com outros alunos;
• Não pedir para ler em voz alta;
• Não corrigir todos os erros;
• Não insistir na reformulação sem propósito claro.
Os especialistas devem estar em contato com a escola e o professor, cientes da proposta pedagógica. O tratamento é feito por meio de intervenções explícitas e intensivas em leitura, que variam conforme as dificuldades do disléxico. A meta do especialista não é alfabetizar, mas promover o desenvolvimento em leitura e escrita do aluno disléxico.
Sobre o Autor: Psicóloga formada pela Universidade Estadual Paulista de Bauru e especialista em Psicologia do Desenvolvimento e Processos de Ensino-Aprendizagem. Professora de Ensino Infantil e de Ensino Especial na Prefeitura Municipal de Bauru.
Autor: Ana Paula Alves dos Santos
Construir e Incluir
http://construireincluir.blogspot.com/2011/05/ajudando-o-professor-entender-e.html
Para mais informações sobre dislexia na educação, acesse este artigo.