Afetividade e Emoção
Explore a importância da afetividade e emoção na vida humana, entendendo como esses sentimentos influenciam nossas relações e comportamentos.
Afetividade e Emoção
APRESENTAÇÃO
Este trabalho é caracterizado pelos principais temas: a afetividade e a emoção, que são componentes importantes de nossa existência. O desenvolvimento deste tema aborda alguns aspectos do nosso comportamento. O conteúdo está subdividido em tópicos a fim de permitir melhor compreensão e assimilação do conteúdo.
1. IMPORTÂNCIA DA VIDA AFETIVA
O início da vida afetiva no indivíduo é dado nas primeiras estimulações naturais oferecidas pela mãe. É um ponto de partida para o apego ou ligação afetiva.
Esse apego pode ser deduzido pelo medo que a criança apresenta na ausência da mãe. Essa ligação afetiva inicial, que ocorre geralmente no bebê, dos sete aos quatorze anos de idade, continua a sofrer alterações ao longo de sua vida.
Os afetos podem ser duradouros ou passageiros. Nossas expressões não podem ser compreendidas se não considerarmos os afetos que nos acompanham.
Um psicólogo jamais poderá deixar de analisar esses aspectos e levá-los em consideração sempre, assim terá condições de interpretar certas atitudes que estarão sempre acompanhadas de um sentimento. Isso porque os afetos determinam atos e fazem com que as pessoas, muitas vezes, percam o controle de seu comportamento.
Por exemplo, uma pessoa que está chateada com sua amiga e diz a ela que, quando a encontrar, não vai discutir com ela. Porém, quando a amiga aparece e faz algo irritante, a primeira reação é discutir.
Mesmo que, há alguns minutos atrás, tenham prometido que não iriam ter esse tipo de comportamento.
Marx afirmou que o homem se define no mundo objetivo não somente em pensamento, mas com todos os sentidos que se afirmam como forças essenciais humanas. Não só os cinco sentidos, como também os sentidos espirituais (amor e vontade).
2. O ESTUDO DA VIDA AFETIVA
Os afetos, as emoções, sonhos, fantasias, desejos e expectativas dão sentido à nossa vida afetiva, que é parte integrante da nossa vida psíquica.
Nossas expressões não podem ser compreendidas se não houver uma relação com o afeto que as acompanha, pois são eles que determinam nosso comportamento.
O estudo da vida afetiva tem sido privilegiado pelos homens, principalmente na área científica, onde os afetos estão sendo vistos como uma deformação no conhecimento objetivo.
A vida afetiva apresenta uma sucessão entre prazer e desprazer. A afetividade aumenta e sustenta o temor e a afânise (desaparecimento sexual), como por exemplo, a angústia em seus diferentes aspectos.
Até o século XIX, usavam-se indiscriminadamente termos como emoção e sentimento. Mas hoje já existe uma distinção entre eles, onde:
Emoção: é o estado mais agudo e transitório;
Ex: a ira.
Sentimento: é o estado mais durável, porém enfraquecido.
Ex.: a lealdade.
3. OS AFETOS
Os afetos têm sua importância na orientação do comportamento do indivíduo, ajudando a avaliar situações ao longo de nossa existência. O afeto é produzido por estímulos externos, e sua origem pode surgir no interior do indivíduo.
Para a Psicanálise, não há afeto sem representação, ou seja, sem ideia.
Eles também servem de critério de valorização, podendo ser tanto positivos quanto negativos para as situações que ocorrem. Existem duas matrizes psíquicas dos afetos que são o prazer e a dor, que podem ser considerados afetos originários. Entre esses dois extremos, encontram-se inúmeras tonalidades e intensidades de afetos.
Freud, ao postular a teoria do Complexo de Édipo, concebeu certo “conflito” entre esses afetos básicos, criando uma oposição entre eles, dizendo: “um amor fundamentado e um ódio não menos justificado, ambos dirigidos à mesma pessoa”.
Existem outros dois afetos que constituem a vida afetiva: o amor e o ódio. Esses afetos estão associados aos pensamentos, às fantasias, aos sonhos e expressões de diferentes formas conforme cada indivíduo.
Os afetos preparam nossas ações, ou seja, participam ativamente da percepção que temos de situações vividas e do planejamento de nossas reações ao meio. Essa função é caracterizada como função adaptativa. Os afetos possuem outras características que estão ligadas à consciência, o que permite dizer o que sentimos, expressando através de linguagem e de nossas emoções.
Os afetos muitas vezes são enigmáticos para quem os sente. Há motivos dos afetos que estão fora da consciência. Os afetos às vezes parecem um enigma onde o que parece ser não é, e às vezes nossas expressões não condizem com o que sentimos. Nem sempre o nosso comportamento está em união com os nossos afetos.
4. AS EMOÇÕES
As emoções desempenham um papel muito importante para nós, seres humanos. Já se sabe que a vida afetiva é um dos pontos de equilíbrio humano mais eficaz, ou seja, um ser humano que não sente emoções não sabe o que a vida tem de melhor.
As emoções são expressões afetivas acompanhadas de reações intensas e breves do organismo.
As emoções desempenham um papel muito importante no nosso organismo, causando alterações orgânicas, como:
- Batimentos cardíacos acelerados
- Tremor
- Riso
- Choro
- Lágrimas
- Expressões faciais
- Etc.
As emoções são muitas: raiva, nojo, medo, tristeza, alegria etc.
Quase sempre essas emoções não conseguimos controlá-las.
Muitas pessoas têm dificuldade em expressar, colocar para fora as emoções, mas já foi provado que essas pessoas expressam suas emoções internamente, guardando dentro de si, o que dificulta a descarga de tensão do organismo, pois as emoções são momentos de tensão em um organismo, as quais podem ser distinguidas, por exemplo.
“O choro da tristeza do choro da alegria”
“O riso de alegria do riso de nervoso”
As emoções são aspectos muito importantes para o indivíduo, pois através delas sentimos que estamos vivos. Não devemos esconder nossas emoções, pois elas são responsáveis pelo nosso desenvolvimento.
5. OS SENTIMENTOS
Os sentimentos têm um papel muito importante na nossa vida psíquica, ou seja, o sentimento é uma espécie de alimento do nosso psiquismo. Necessitamos sentir algo mais forte por alguém ou alguma coisa que gostamos.
Nós, seres humanos, inconscientemente, já sabemos definir o que são sentimentos e o que são emoções. Assim, consideramos a paixão uma emoção, porque o que sentimos é algo passageiro, algo ardente. Já os sentimentos, como a ternura e a amizade, são algo mais tranquilo, mais duradouro e mais equilibrado.
Os afetos básicos, como amor e ódio, podem expressar-se como sentimentos.
Os sentimentos não são visíveis, mas são sentidos. Falar de sentimento é muito difícil, pois é falar de si próprio, é mostrar o seu verdadeiro “EU”.
É dizer o quanto sentimos por alguém;
É amar sem receber retorno;
É se entregar por inteiro;
É abraçar a mãe e o pai;
É beijar o filho;
É dedicar-se a um livro, um animal;
É fazer de tudo um pouco para o próximo;
Tudo isso é sentimento.
6. CONCLUSÃO
O que concluímos é que os afetos, as emoções, os sentimentos, o prazer, a dor, o amor, o ódio e tudo que sentimos fazem parte da nossa vida psíquica. Vimos também que o afeto determina os nossos atos e que é um ponto de partida para o apego ou ligação afetiva. Os afetos podem ser duradouros ou passageiros.
Nas emoções, é possível observar uma relação entre os afetos e a organização corporal, ou seja, as modificações que ocorrem em nosso organismo. Os sentimentos são mais duradouros, porém menos explosivos, por não virem acompanhados de reações químicas.
7. BIBLIOGRAFIA
BOCK, Ana Mercês Bahia.
Psicologias: uma introdução ao estudo de psicologia
13ª. Ed. – São Paulo: Saraiva 2002.
Psicologia Geral
Autor: Adriana de Cassia
Teorias Cognitivistas e Psicologia Cognitiva | Psicologia Infantil: Claparède e sua contribuição | Brinquedos educativos para o desenvolvimento emocional