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ADAPTAÇÃO NA ESCOLA DE CRIANÇAS DE 2 a 4 ANOS DE IDADE

Adapte seu filho à escola com um programa de introdução de 2 a 4 anos de idade. Experimente uma abordagem inovadora para a educação infantil que oferece experiências emocionantes, divertidas e educativas. Descubra o melhor em seu filho com nossa equipe de profissionais qualificados.

ADAPTAÇÃO NA ESCOLA DE CRIANÇAS DE 2 a 4 ANOS DE IDADE

adaptacao2É importante saber que o processo de socialização da criança só começa a partir dos 2 anos. Isto significa que não se pode esperar que a criança interaja com as outras, compartilhe brinquedos, etc. Muitas vezes, o que ocorre são tapas, mordidas e empurrões que erroneamente são vistos como agressão ou problema por parte da criança. Essa evolução varia entre crianças e algumas se socializam mais rápido do que outras. Exatamente por isso, não é conveniente que crianças abaixo de 2 anos de idade já sejam levadas à escola.

O ideal é que a criança comece na escolinha depois dos 3 anos e, assim mesmo, só por meio período (4 horas), pois pode dormir cerca de 2 horas à tarde e isso é importante para ela. Além de ser mais produtivo, a criança que fica tempo integral na escola tem menos rendimento e fica, obviamente, mais cansada à tarde. Isso é visivelmente observado em comparação com outras crianças que ficam apenas meio período; sem dizer de um contato maior com os pais (principalmente a mãe), que é essencial nessa fase.

Toda adaptação deve ser FEITA AOS POUCOS.

Os pais deveriam buscar escolas que fazem esta adaptação de maneira progressiva, pois já se sabe há muito tempo que se não for feita dessa maneira, irá repercutir negativamente mais tarde na vida da criança. Ela irá se conformar, mas não se adaptar; o que é totalmente diferente.

A adaptação correta e benéfica para a criança começa com a ida dela junto com a mãe que deverá:

  • No 1º dia, ficar com ela dentro da sala por 1 hora mesmo que a criança esteja se divertindo. Ela deverá ir embora depois de 1 hora.
  • No 2º dia, deverá voltar com a mãe e ficará o mesmo tempo (uma hora).
  • No 3º dia, volta com a mãe e fica por 2 horas.
  • No 4º dia, 3 horas já com a mãe um pouco afastada da sala, mas visível.
  • No 5º dia, o mesmo tempo ou mais, se a criança quiser ficar mais e com a mãe mais distante, talvez no corredor.
  • No 6º dia, pelo período total de 4 horas, com a mãe na secretaria, por exemplo, mas indo de vez em quando ver a criança ou se for chamada por ela.

Nesses dias, caso a criança se canse e queira ir para casa, isso deve ser respeitado.

Caso a criança tenha passado bem esses primeiros dias, a mãe já poderá deixá-la na escola sozinha, dizendo à criança onde estará.

O que acontece, geralmente, em escolas que não têm essa adaptação e supostamente imaginam que a criança irá se adaptar, como ela geralmente para de chorar depois de algum tempo, pois é vencida pelo cansaço, imagina-se que ela está bem.

No entanto, depois de alguns meses, ela começa a dar alteração, voltando a chorar e se negando a ir à escola.

Além disso, essa adaptação deve ser feita pela mãe e nunca por algum substituto, como babá, tia, avó, etc.

Mais ainda, se não for feita da maneira acima, provavelmente, a criança apresentará problemas de adaptação mais adiante e tudo terá de começar novamente: nova adaptação.

Em casos, no entanto, onde não haja escola que tenha esse processo de adaptação, a alternativa será:

a) Levar a criança a iniciar a entrada na escolinha somente mais tarde, por volta dos 4 anos;

b) Sempre buscar a criança no horário de saída e nunca se atrasar para que a criança não se sinta mais abandonada, ainda. (Aliás, isso serve para todas as crianças, mesmo as já adaptadas);

c) Compensar a ausência tentando passar o máximo de tempo possível com ela depois da chegada da escola, contando estórias, brincando com seus brinquedos preferidos, etc.

d) Colocá-la para dormir passando algum tempo com ela conversando, cantando, lendo estórias;

e) Evitando passar essa tarefa para o pai, pois nessa idade a criança precisa da presença da mãe.

Para mais informações sobre esta fase etária, veja os links a seguir:

Atividades de adaptação na escola: crianças de 2 a 5 anos

  1. Criando Um Ambiente de Aprendizado…
  2. Comportamento, Disciplina, Agressividade
  3. Manias e Tiques
  4. Desenvolvimento (Fala/Vocabulário, Desenvolvimento Motor)
  5. Adaptação na Escolinha
  6. Timidez e Autoestima fragilizada
  7. Identificação sexual
  8. Sexualidade nesta fase?
  9. Amamentação nesta fase
  10. Difícil colocar para dormir
  11. Ciúmes de um dos pais
  12. Tão tranquilas que preocupam…
  13. Chorando muito…
  14. Medos…
  15. Alimentando-se pouco…
  16. Largando as fraldas.
  17. Preferência por um dos pais

Volta às aulas

A tevê, os jornais, as revistas, os panfletos dos supermercados invadem nossos últimos dias de férias com propaganda maciça de uniformes, mochilas, livros, cadernos e demais materiais escolares. É! Não dá para esquecer que as aulas vão começar… E como estão os preparativos aí na sua casa? Os horários de dormir já estão sendo modificados? Nas férias sempre acabamos permitindo que nossas crianças durmam e acordem mais tarde, não é? Também tornamo-nos menos rígidos com os horários de refeições. Afinal, não temos aquele compromisso rigoroso de horários e podemos ser mais liberais com as crianças. Mas as aulas vêm aí e devemos, aos poucos, ir adaptando nosso ritmo e o espírito das crianças para, juntos, assumirmos o compromisso com os horários e responsabilidades escolares. Duas situações diferentes podem estar acontecendo na sua família. Uma é a ida de seu filho à escola pela primeira vez, e outra é o retorno de seu filho às aulas. Vamos conversar um pouco sobre ambas.

Indo à escola pela primeira vez

Vou partir do pressuposto de que você tenha tido o cuidado de escolher criteriosamente a escola de seu filho, conhecendo o seu espaço físico, o pessoal que nela trabalha, a sua proposta pedagógica e de que já tenha levado sua criança para conhecer a escola e os adultos com quem ela terá contato e passará boa parte de seus dias. Pode ser que, a princípio, seu filho chore e se recuse a ir para a escola. Poderá acontecer também de você ficar com o coração apertado, cheia de culpa por impingir-lhe uma situação de desconforto e estresse emocional. Isso é normal e acontece com bastante frequência, por isso você não deve se desesperar nem se julgar diferente da maioria das mães. Quem é que não fica ansioso, inseguro ou com medo diante de situações novas? O desconhecido sempre nos parece ameaçador, não é mesmo? Vamos tentar entender o que se passa dentro de nós e de nossos filhos para trabalharmos melhor essa fase inicial de escolaridade. Muitas crianças vão para a escola muito cedo, às vezes com poucos meses de vida, em função da necessidade materna de manter um trabalho rentável fora do lar.

Sabemos que, no início da vida, há um elo muito próximo e forte entre o bebê e sua mãe; é como uma continuidade da vida intra-uterina. Quando esse período é bem vivido, a criança tem a sua saúde emocional fortalecida, através da satisfação de suas necessidades físicas e emocionais adequadamente assistidas. Desta forma, ela guarda dentro de si uma imagem de uma mãe boa, amorosa, amiga e protetora, imagem esta que lhe servirá de conforto nas ausências maternas futuras. As primeiras referências de uma criança são as relações familiares e o seu mundo é a rotina da casa onde ela vive. Ir para a escola maternal significa um rompimento com esse mundo conhecido e isso pode ser fonte de insegurança e medo para a criança e até para seus pais. A intervenção amistosa e segura de uma professora bem preparada costuma atenuar o impacto desta separação, amenizando as expectativas negativas desta vivência, na medida em que ela vai conversando com os pais e com a criança, esclarecendo-lhes as dúvidas, mostrando-lhes os aspectos positivos e produtivos da nova experiência, transmitindo carinho e amizade à criança.

A intensidade com que cada um vai experimentar ou a forma como vai atravessar esse período vai depender dos aspectos particulares de cada personalidade participante do processo e, também, da dinâmica familiar. Um fato a ser admitido é que essa separação é algo inevitável na vida de cada um de nós e, ainda que seja um processo doloroso, costuma trazer crescimento para todos os envolvidos. É importante que os pais vejam a situação não como “um mal necessário”, mas como algo bastante positivo e enriquecedor no desenvolvimento de seu filho. A escola maternal e a pré-escola têm pouca semelhança com o aprendizado formal dos anos seguintes, mas o que a criança pode aprender frequentando-as será de grande valor para sua vida futura. Ali ela terá espaço para brincar e aprender brincando: a interagir com outras crianças e com adultos estranhos ao seu universo familiar, noções de cidadania, de educação musical e ambiental, a importância do cumprimento de prazos e horários e que há limites para a satisfação de suas vontades, a ouvir o próximo e a tratá-lo com urbanidade e respeito. É importante frisar que brincar na escola é totalmente diferente de brincar em casa, pois lá a professora intervém de forma intencional no brincar, de modo a desenvolver as capacidades infantis. É um brincar organizado, monitorado, com objetivos delineados e resultados medidos. Lembre-se: é absolutamente normal que as crianças pequenas, que estão indo para a escola pela primeira vez, sofram de “ansiedade de separação”. Elas sentem medo de que os pais não voltem para buscá-las e fantasiam o abandono. É importante que os pais lhes demonstrem interesse pela experiência que elas estão vivendo, que as encorajem, reforçando-lhes a auto-estima, diminuindo-lhes a ansiedade, mostrando-lhes aspectos entusiasmantes da escola (conhecer novos amiguinhos, poder brincar com eles, etc.) e tranquilizando-os quanto ao amor que sentem por elas, quanto à proximidade que manterão com a escola e com sua professora e quanto a estarem lá, para buscá-los no horário de saída. Caso os pais notem que essa ansiedade se mostra na forma de pânico ou pavor, é recomendável que procurem aconselhamento e ajuda com profissionais especializados e competentes.

Retornando às aulas, após as férias

O significado da recusa de voltar às aulas após as férias é diferente da recusa da criança que vai a ela pela primeira vez. Algumas vezes essa recusa é motivada pela insegurança gerada por motivos como: doença de uma pessoa próxima, separação dos pais, excesso de atividades fora do período escolar (balé, natação, inglês, informática, etc.) e o receio de não corresponder às expectativas dos pais, notas baixas e dificuldades de aprendizagem anteriores, a troca de professores, o temor de que seus colegas sejam diferentes da turma em que estava, etc. Esses costumam ser sintomas passageiros. Caso persistam, os pais devem procurar orientação com os profissionais da própria escola, com o médico pediatra e com um psicólogo. A família e a escola devem deixar claro para a criança que há uma parceria entre eles e um pacto visando o seu desenvolvimento harmonioso, com o qual ela se sinta realizada, confiante e feliz. Hoje em dia, a formação dos profissionais que atuam nas escolas é mais completa e aperfeiçoada. A maioria delas conta com equipes de coordenadores pedagógicos, orientadores educacionais e psicólogos. Há, também, uma preocupação maior com a criança como uma pessoa individualizada e em se acompanhar de perto o seu processo individual de desenvolvimento. No entanto, de nada adiantam todas essas características se a criança não gostar da escola. É importante que ela se vincule emocionalmente aos professores, aos funcionários e que tenha amigos na escola. Ela precisa sentir que aquele espaço também lhe pertence e que se sinta bem ali, para ter prazer de ir à escola não só por causa das pessoas que dela fazem parte, como por tudo o que acontece por lá. Mais importante do que manter seu filho numa escola bem conceituada é mantê-lo estudando num lugar de que ele goste e onde se sinta bem. Diante de um filho que se recusa a ir para a escola, recomendo-lhe o bom senso acima de tudo. Ouça suas queixas com atenção, investigando-as e peneirando-as, demonstre interesse e solidariedade pelos seus sentimentos, garantindo-lhe com carinho, porém com determinação, que tudo poderá ser resolvido sem que ele deixe de frequentar as aulas. Evite ceder ao seu pedido de ficar em casa. Ele provavelmente vá tentar desafiá-la, mas a firmeza dos pais nesta hora será o melhor que eles poderão oferecer à criança. Lembre-se de que na fase pré-escolar (de 2 a 6 anos) a criança começa a pôr em prática o que aprendeu em seu ambiente e através do comportamento de seus pais. Pessimismo, insegurança, medo… também são aprendidos, portanto vigie sua maneira de pensar e agir no ambiente doméstico. Lembre-se, também, de que as crianças não são sempre boazinhas e muitas vezes mentem com o propósito de alcançar seus objetivos, portanto não acredite em tudo o que seu filho lhe falar. Caso você tenha dúvida quanto à veracidade de um fato relatado por seu filho, não insista imediatamente no assunto. Peça para ele lhe contar a história, outras vezes, em momentos posteriores diferentes e compare as versões. Nem sempre é verdade que o amiguinho lhe bateu ou que a professora tenha lhe colocado de castigo ou lhe subestimado na presença de outros. Caso descubra que ele mentiu, não lhe acuse de “mentiroso”, pois isto não costuma ser produtivo. É aconselhável que você lhe explique, com calma, as consequências negativas de uma mentira, de preferência com exemplos práticos. Deixe claro para ele que é errado mentir e que uma mentira pode prejudicar seriamente uma pessoa.

Há escolas que trabalham com métodos tradicionais de ensino e com disciplina rígida; outras utilizam métodos mais modernos, são mais maleáveis quanto aos aspectos disciplinares, permitem maior liberdade de expressão, etc. A escolha da escola e o momento de matricular o seu filho depende dos pais e de suas aspirações. Cada um sabe o que é melhor e o mais acertado para seu filho. Qualquer criança pode apresentar “recaídas” que a levem a desejar ficar grudada ao ambiente doméstico, sob a proteção dos pais, mas essas situações serão menos frequentes na medida em que a escola lhe acene como um lugar agradável e que lhe ofereça boas condições de adaptação. Daí a importância de escolher com cuidado e critérios bem estabelecidos a escola de seu filho. Desejo a todos um bom começo de ano letivo!

Mara da Camara


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