A criança e a sexualidade precoce
Entenda como as crianças precoces lidam com a sexualidade e como os pais podem orientá-las de forma responsável. Descubra estratégias para abordar esse tema delicado e garantir um desenvolvimento saudável.
![A criança e a sexualidade precoce](https://www.pedagogiaaopedaletra.com/wp-content/uploads/2011/04/BeijoCrianca.jpg)
– Olha o bilhete que “D” (8 anos) entregou para “J” (8 anos)…
– “N” está passando as mãos nas meninas… (6 anos)
– “M” está se masturbando na sala de aula… (8 anos)
– A mãe de “H” veio reclamar porque “B” está entrando no banheiro das meninas…
– Preciso que você converse com “M”, “JV”, “AC” e “W”, eles estão se beijando na boca na sala de aula… (9 anos)
– “K” chegou hoje com as pulseirinhas do sexo…
O QUE EU FAÇO? pergunta o professor angustiado…
Esta é uma das queixas mais constantes que se apresentam em todas as séries iniciais do Ensino Fundamental, pelo professor à Equipe de Apoio Pedagógico: a sexualidade precoce das crianças.
A complexidade da questão ultrapassa os limites dos portões da escola, pois envolve todas as formações, informações, interações sociais, enfim, tudo o que constitui a vida destes alunos; o que a escola pode fazer, ou desfazer, é um desafio que possivelmente a longo prazo possa trazer resultados significativos, enquanto que o desempenho escolar, mais uma vez, é prejudicado, uma vez que as condições de aprendizagem exigem também a dinâmica do comportamento. Para entender melhor sobre a dinâmica do comportamento infantil, você pode conferir o artigo sobre distúrbios comportamentais na infância.
Na sexualidade infantil surgem os primeiros “impulsos sexuais” denominados pela psicanálise de “impulsos parciais”, por estarem ainda indiferenciados.
A puberdade está também acontecendo precocemente, quando as transformações fisiológicas estão ligadas à maturação sexual.
Uma série de fatores de ordem fisiológica e emocional, sejam por fatores externos provenientes do tipo de cultura, da sociedade.
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Os estímulos externos dirigidos às crianças através da publicidade, da mídia, dos modelos de beleza, da cultura da beleza física, impulsionados pelos interesses empresariais; outros estímulos direcionados à sexualidade, em maior grau às meninas, em menor grau aos meninos, com vistas ao consumo, não demonstrando a menor preocupação com as distorções que poderão causar, invadem os lares, os espaços sociais infantis, incitando-os a se apropriarem de roupas, de cosméticos, músicas com letras e danças sensuais, criando um mini-adulto, estereotipado, deixando-os muitas vezes expostos ao ridículo, que os provedores, os pais, não percebam.
A título de “liberdade de expressão”, em países como o Brasil, cujas leis são tão permissivas a ponto de crianças de qualquer idade terem livre acesso à pornografia, impressa, televisiva e agora através da Internet.
Aquele desenvolvimento normal da sexualidade infantil detalhado por Freud ficou perdido em meio ao avanço da tecnologia numa velocidade difícil até de se acompanhar e a falta de leis que regulem o uso destes recursos tecnológicos, principalmente por crianças e adolescentes.
É uma linguagem que vem de fora totalmente inadequada ao desenvolvimento natural das crianças e adolescentes.
Apelos à sexualidade de forma atrativa e provocativa, deixando a libido alterada antes de seu momento certo, cujas repercussões futuras na vida destas crianças são imprevisíveis, pois uma visão deturpada do que seja sexualidade, relacionamento e vida é o que lhes aguarda. Para mais informações sobre a importância da educação sexual, você pode acessar o artigo sobre educação da autoestima e autoconfiança.
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E ninguém pode prever o futuro destas crianças tão expostas pelos próprios responsáveis às condições de conflitos psíquicos.