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Contribuição da Psicopedagogia no processo de alfabetização e letramento

Aprenda sobre os fundamentos da psicopedagogia e as contribuições para o processo de alfabetização e letramento! Descubra como a Psicopedagogia pode auxiliar na aquisição da leitura e escrita.

Contribuição da Psicopedagogia no processo de alfabetização e letramento

A Contribuição da Psicopedagogia para o Processo de Alfabetização e Letramento

1.0 INTRODUÇÃO

Pretende-se no referido artigo analisar o processo e as concepções da leitura e escrita numa perspectiva psicopedagógica, assim como também levar em consideração todos os aspectos relevantes de determinadas atividades, tanto para o educando quanto para o educador na escola.

Sabemos que a criança passa por uma série de desafios até que a aprendizagem da leitura e escrita se concretize. Um dos desafios encarados pelos educadores atuais é a socialização com o outro e com o meio escolar. Daí se percebe que cabe ao educador e educando envolver-se e pensar naquilo que presencia constantemente na escola, para que a partir destes desafios e realizações a aprendizagem aconteça naturalmente, sem restrições e inseguranças.

A aprendizagem da leitura e escrita tem sido encarada pelos educadores atuais como um desafio de grande complexidade que merece atenção especial. Antigamente, poucas preocupações se tinham com este processo. Porém, nas últimas décadas, este vem sendo um ponto chave para discussão.

De forma geral, a Psicopedagogia trouxe contribuições para as discussões sobre a aprendizagem da leitura e da escrita e tem trazido grandes reflexões, principalmente no caso dos problemas que normalmente atingem as crianças em fase de alfabetização.

2.0 A APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

A aprendizagem da leitura e escrita, nos dias de hoje, tem se tornado cada vez mais acessível, visto que é considerada uma atividade essencial para a comunicação humana. Nos diversos aspectos do ensino-aprendizagem, seja do conhecimento formal ou informal, temos muitos meios influenciáveis aos processos citados, a exemplo dos tipos de escritos existentes no meio social e os de ordem sistemática utilizados na escola. Assim, cabe aos indivíduos interagirem com os recursos existentes para que o uso da leitura e da escrita esteja presente.

O domínio de tais habilidades, além de permitir ao homem uma melhor compreensão do seu universo, leva-o a encarar com outros olhos horizontes que considerava antes não existirem, a exemplo das informações jornalísticas, científicas, etc.

Dominar a leitura e a escrita, nos dias de hoje, é relacionar fatos, tendo em vista, sempre, objetivos a alcançar. Assim, podemos afirmar que para atuar em meio às sociedades com o domínio da leitura e escrita é preciso ter determinação e objetivos, pois a leitura e a escrita só são importantes porque têm grande utilidade nas relações humanas, comunicação e socialização tanto com os outros quanto com os elementos que surgem constantemente e cada vez mais elaborados.

Teberosky e Colomer (2003, p. 27) afirmam que:

As situações de interação cotidiana, quando se vai às compras, por exemplo, quando se guardam na cozinha as mercadorias adquiridas ou quando se prepara a refeição, que podem ser uma oportunidade para aprender outras formas de classificar e interagir com o texto escrito.

Nota-se que os meios, tanto de comunicação escrita, como o acesso à tevê, rádio e computador, todos têm a sua relevância no universo do leitor, pois para desenvolver as demais atividades de leitura e escrita, principalmente com mais facilidade, é necessário que se conviva constantemente com elas no intuito de praticá-las devidamente e levar a sério suas funções na escola e na sociedade.

O domínio da leitura e da escrita requer esforço dos alunos que fazem parte do espaço escolar e social, pois sem o seu domínio de tais atividades fica difícil entender o que se apresenta constantemente.

Os tipos de informações são diversificados, quer seja em casa, na rua ou na escola. Teberosky e Colomer (2003) destacam que outro tipo de material consiste nos portadores de textos encontrados em casa, a exemplo dos rótulos, signos, marcas e logotipos feitos sobre embalagens impressas de uma grande diversidade de materiais como: papel, madeira, lata, vidro, plástico, pano, cerâmica, etc. e também folhetos, material publicitário, manuais com diversas fontes e cores.

Temos em meio às sociedades uma diversidade infinita de textos, produzidos pelo próprio homem e que servem de suporte para a prática informal da leitura. Interpretar as leituras apresentadas diariamente é tarefa fundamental para aqueles que consideram que a aprendizagem tanto da leitura quanto da escrita é essencial para uma melhor qualidade de vida.

As leituras feitas diariamente também têm, além da sua relevância para o processamento de informações úteis, influência sobre o comportamento humano, nas suas colocações, participação ativa em assuntos que têm mais intimidade. Isso acontece quando o leitor se depara com assuntos que compreende sua função, bem como outros aspectos ligados ao conteúdo em destaque. Em suma, a leitura é a arte de compreender os escritos e os escritos cumprem em sua grande maioria com uma função social, seja de ensinar, informar, comover, etc.

3.0 O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NA ESCOLA

O desafio de alfabetizar e letrar na escola, para Simonetti (2005), é o de conseguir que as crianças leiam e escrevam de forma espontânea, criativa, construtiva e que possam inserir-se no universo da cultura escrita. Nesse sentido, a autora ainda se posiciona completando que para nós, alfabetizar e letrar na Educação Infantil é, antes de qualquer coisa, provocar e despertar nas crianças o desejo, além do prazer de ler e escrever, inserindo-as de forma dinâmica no universo da leitura e da escrita. Soares apud Simonetti (2005, p.14) ressalta, chamando atenção para:

… a última avaliação do (SAEB) Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica, denunciando que aproximadamente 33% dos alunos com quatro anos de escolaridade são analfabetos, ou seja, a criança termina analfabeta na 4ª série. Além do que os alunos chegam à 8ª série com nível de escolaridade insatisfatório. Apresentamos esses dados estatísticos para não nos acostumarmos com essa situação, mesmo que se diga: “Ah, isso a gente já sabe…” Sabemos, mas o que fazemos? Na maioria das vezes nada, apenas nos acomodamos.

A preocupação com a qualidade do ensino da leitura e escrita deve ser uma preocupação tanto da escola quanto da família e da própria sociedade, de modo que se tenha um ideal coletivo referente à qualidade do ensino de determinadas atividades, pois vivemos numa sociedade politicamente democrática, onde os indivíduos têm liberdade de expressar os seus pensamentos e ideias sobre assuntos relevantes para o andamento e a boa qualidade do ensino no país.

O processo de alfabetização e letramento como atividades que fazem parte da vida dos indivíduos de forma direta, no caso tanto na escola como na sociedade. Uma criança em seu contexto escolar está sujeita ao domínio da leitura e escrita, visto que é através do processo de alfabetização que a criança ou o adulto analfabeto na escola passa a encarar as letras não como unidades isoladas, mas sim como uma parte de um todo.

4.0 COMO A PSICOPEDAGOGIA PODE AJUDAR NO PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO

Sendo a Psicopedagogia responsável pelos métodos estratégicos para crianças com dificuldades na aprendizagem, pode-se afirmar que a sua função na escola, em especial no processo de alfabetização e letramento, é mediar as capacidades das crianças, levando-as a partir daí a sentir-se estimuladas através da escola juntamente com o professor psicopedagogo numa construção significativa e de acordo com a sua capacidade de desenvolvimento.

No ensino-aprendizagem da alfabetização e letramento nas escolas hoje, é notório as teorias da aprendizagem baseadas nos princípios psicogenéticos, a exemplo do PCN (1997, p. 43) que explica:

Conforme a concepção acima mencionada, podemos perceber claramente a relevância da psicologia genética na compreensão do processo de desenvolvimento da criança. Isso implica afirmar que as escolas atualmente estão oportunizadas a adotarem meios assegurados não apenas pelo educador individualmente, mas sim pelo conjunto de ideias advindas de estudos voltados para as necessidades especiais envolvendo a criança e a sua aprendizagem.

No processo de alfabetização e letramento, a Psicopedagogia contribui levando o educador a refletir sobre os seus atos como professor e avaliador da aprendizagem de crianças com dificuldades tanto de aprendizagem quanto de outras habilidades ligadas direta e indiretamente à escola envolvendo a escrita.

A Psicopedagogia, como uma atividade voltada para um atendimento personalizado àqueles alunos que merecem uma atenção especial, exerce forte influência em todo o processo de ensino-aprendizagem, visto que através da valorização do aspecto cognitivo como foco de reflexão, tanto o educador quanto o aluno passam a viver experiências relevantes não apenas para o processo de ensino-aprendizagem na escola, mas também para uma convivência maior que envolve o indivíduo e o seu meio numa construção significativa de aprendizagens através das experiências vivenciadas diariamente com o mundo e com as coisas nele existentes.

Atividades educativas de letramento para Educação Infantil são essenciais para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita.

5.0 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A contribuição da Psicopedagogia no processo da alfabetização e letramento nos dias de hoje tem sido destaque nas escolas em geral. Isso porque, através de estudos da pedagogia juntamente com a psicologia, o atendimento à criança com necessidade de atendimento especial se aperfeiçoou, visto que uma das preocupações dos educadores e envolvidos diretamente ao processo de ensino-aprendizagem está centralizado no desenvolvimento cognitivo do aluno nas diversas modalidades de ensino.

Evidentemente, tais afirmações têm relações com o objetivo que se fundamenta às escolas, de modo que o aprendizado do aluno esteja sempre voltado para um fim significativo e promissor. Os problemas da educação vêm de muito tempo se apresentando nas sociedades e os interesses dos educadores pelos problemas psicológicos no processo de ensino da leitura e escrita, assim como qualquer outra atividade mediada pela escola ainda está em foco, pois o objetivo do professor é fazer com que o seu aluno aprenda, independentemente de cor, raça, classe social ou diferenças individuais, no caso, necessidades relevantes de apoio maior e mais qualificado.

O desafio da Psicopedagogia no processo de ensino-aprendizagem, em especial no campo da leitura e da escrita, tem sido o de encarar com naturalidade os problemas enfrentados na escola com crianças com dificuldades de desenvolvimento cognitivo. Porém, do outro lado, a escola atualmente investe em saídas mais humanas, no caso, a preparação profissional do educador para lidar com problemas psicológicos que antes eram considerados um desafio bem maior e, em muitos casos, sem saída para o educador, visto que a deficiência não só era do aluno em se desenvolver nas atividades propostas pela escola, mas também do educador em encarar as diferenças individuais como um fator relevante a se pensar no ensino como oportunidade de integração social dos educandos com necessidades de atendimentos mais qualitativos, no caso, psicológicos.

REFERÊNCIAS

BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais. Língua portuguesa. Ensino de primeira à quarta série. Brasília: MEC/SEF, 1997.

______. Parâmetros curriculares nacionais: introdução aos parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC/SEF, 1997.

SIMONETTI, Amália [et. al.]. O Desafio de Alfabetizar e Letrar. Fortaleza: Edições Livro Técnico, 2005.

TEBEROSKY, Ana & COLOMER, Teresa. Aprender a ler e a escrever: uma proposta construtivista. Porto Alegre: Artmed, 2003.

Autora: Edilene dos Santos Costa possui Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, é pós-graduada em Psicopedagogia pelo Centro Integrado de Tecnologia e pesquisa, possuindo vários cursos na área de educação onde atua por 6 anos.


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