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Atualizado em 22/11/2021

UMA HOMENAGEM A MAIS SUBLIME CRIAÇÃO DE DEUS: ADEUS MINHA MÃE LYA

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Uma homenagem a mais sublime criação de Deus: Adeus Lya Minha Mãe

Repito sempre uma máxima, quando quero fazer observações de que a humanidade é fruto da força espetacular da criação da natureza, que a história da existência de um Deus, um velho barbudo lá em cima, nas grimpas do longínquo infinito, é apenas um exercício de ficção dos que sonham com a “vida eterna”, com medo do “acerto de contas” final, uma lenda boba criada pelo próprio ser humano, para se iludir e ao próximo, tomar-lhe dinheiro, tudo bobo…

Outro dia, numa mesa, com amigos do Piauí, não sei do porque discutiu-se a Bíblia e, um que já tinha estudado para padre, fazia citações de alguns versículos e outras tolices, quando passei a rir e, um vizinho, falou, que eu era ateu, daí a troça que fazia sobre os predicados religiosos de alguns, quando então o ex-seminarista me perguntou se nada me movia a acreditar num Deus, naquele instante grave que viesse a passar, como a morte de um ser querido, um amigo, etc.?

Respondi que, como todo ser humano, que tem a certeza que um dia vai morrer (todos morrem), certamente que eu mergulhava com meus sentimentos, sem me desesperar, naturalmente, na certeza de que, um dia, chegaria minha vez!

No dia seguinte o telefone anunciava a morte da minha irmã, Lya, aos seus 83 anos, bem vividos, com modestos sentimentos religiosos, mas de um coração extraordinários, rodeada de filhos, os inúmeros adotivos, netos, genros, noras e seus cães, quintal que sempre cabia mais um…

Lya era minha segunda irmã mais velha (Daoulah, Lya, Gontran, Virginia, Gutman, Dan e Anamaria). Dos sete irmãos, restam apenas eu e Anamaria, que reside em Belo Horizonte, com um punhado de filhos e netos muito queridos, que a rodeiam. Tanto Anamaria como Lya perderam seus maridos e tocam suas vidas com coragem e determinação, herança que herdamos dos nossos pais, grandes lutadores pela existência, sem se apegarem e essas tolices das religiões.

Do meu canto, lastimei a perda da minha irmã no segundo dia de carnaval. Talvez que tenha sido um bom dia para ela morrer, porque era uma pessoa alegre, extrovertida, muito embora tenho certeza que nunca foi afeita a esse tipo foliona, aliás, em nossa casa ninguém deu para essas participações das festividades de momo, com o entusiasmo que contagia certas pessoas. Acho que a forma com que fomos criados, crescemos inibidos para esse tipo de espetáculo popular.

A última vez que estive com Lya foi no enterro de nosso tio Alcino Santos, onde pudemos relembrar alguns instantes do nosso distante São Mateus, das  amizades que ficaram para traz e dos nossos sentimentos devido ao tratamento que a sociedade daquela época, embora não fosse toda, tratou o nosso velho pai, Mesquita Neto, quando foi preso pela polícia do DIP, do maldito ditador Getulio Vargas, a que sempre “reverenciamos” como um grande f.d.p…

Repito a velha máxima: “O mundo é redondo; sempre existiram noite e dia; sempre existiram pobres e ricos; todos morrem”.

Debaixo de um frondoso pé de acácia amarela, no Cemitério de Maruípe, eu e minha mulher, cercados de filhos, netos, genros, noras e amigos de Lya, choravam ali nossa dor de saudades de uma das criaturas mais sensíveis e humanas que conheci na minha vida, que era minha irmã. Adeus Lya.


Este texto foi publicado em Crônicas e Contos e com as palavras-chave by Pedagogia ao Pé da Letra. Adicione este texto aos favoritos.

 About Pedagogia ao Pé da Letra

Sou pedagoga e professora pós-graduada em educação infantil, me interesso muito pela educação brasileira e principalmente pela qualidade de ensino. Primo muito pela educação infantil como a base de tudo.

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