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Atualizado em 15/04/2013

DO REAL AO VIRTUAL: ALFABETIZAÇÃO DIGITAL

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Do Real ao Virtual: Alfabetização Digital

1 INTRODUÇÃO

Informação é uma palavra utilizada diariamente por todas as pessoas, sejam elas educadoras ou não. Na sociedade moderna o acesso à informação e ao conhecimento, surgem como principal condição para que os indivíduos possam participar ativamente da história. O acesso à internet nos coloca interligados numa rede mundial, a velocidade com que as informações se processam e os diferentes canais de comunicação abertos propõem uma nova maneira de organizar, de selecionar e de construir conhecimento. Neste contexto, novas exigências são postas à educação e, por conseqüência, ao educador, que se encontra diante de uma realidade para a qual não recebeu informação, vendo-se obrigado a incorporar novas concepções sobre as relações do saber, reformular suas práticas e fazer uso dos diversos recursos de comunicação.

Diante desta realidade, que caminhos os educadores devem seguir? Como devem se preparar para usufruir de tanta tecnologia, de tanta  informação, por quais caminhos devem seguir e como podem possibilitar uma construção autônoma do conhecimento. Que possibilidades de articulação entre as diversas mídias são apontadas como recursos facilitadores da ação pedagógica?

2 ALFABETIZAÇÃO DIGITAL X LETRAMENTO DIGITAL

A alfabetização digital, muito falada hoje em dia, não está desvinculada das demais alfabetizações – da língua, dos números, da ciência, da expressão corporal. Em outras palavras, a alfabetização digital deveria ser inserida no contexto atual, ou seja, deveria  fazer parte do processo educacional.

Buzato (2003) destaca que pessoas alfabetizadas não são necessariamente “letradas”. Mesmo sabendo “ler e escrever”, isto é, codificar e decodificar mensagens escritas, muitas pessoas não aprenderam a construir uma argumentação, redigir um texto no word, interpretar um gráfico do excel, encontrar um livro em um catálogo etc. A essa competência ele denomina letramento, que se constrói na prática social, e não na aprendizagem do código por si.

Assim, Buzato adota o termo letramento digital por entender que não se trata apenas de ensinar a pessoa a codificar e decodificar a escrita, ou mesmo usar teclados, interfaces gráficas e programas de computador, mas de inserir-se em práticas sociais nas quais a escrita, mediada por computadores e outros dispositivos eletrônicos, tem um papel significativo. Logo, letramento digital seria a habilidade para construir sentido, capacidade para localizar, filtrar e avaliar criticamente informação eletrônica.

De acordo com Tarapanoff, Suaiden e Oliveira (2002), que afirmam:

Não poderá haver sociedade da informação sem cultura informacional e que o maior problema da inclusão digital não é a falta de computadores, mas o analfabetismo em   informação.

Com a alfabetização digital espera-se  criar aprendizes ao longo da vida, pessoas capazes de encontrar, avaliar e usar a informação eficazmente, seja para resolver problemas ou ate mesmo tomar decisões. Uma pessoa alfabetizada em informação seria aquela capaz de identificar a necessidade de informação, organizá-la e aplicá-la na prática, integrando-a aos conhecimentos existentes e usando-a na solução de problemas. Dessa forma, fica claro que a inclusão digital não é uma simples questão que se resolve comprando computadores para a população de baixa renda e ensinando as pessoas a utilizar esse ou aquele software. Ter ou não acesso à infra-estrutura tecnológica é apenas um dos fatores que influenciam a inclusão/exclusão digital, mas não é o único, nem o mais relevante. (BONILLA, 2005).

Rodrigo Assumpção, Secretário de Logística e Tecnologia da Informação do Ministério do Planejamento, ex-coordenador do projeto paulista, esclarece que não apenas o Sampa.org, mas várias outras iniciativas surgidas no país nos últimos anos podem contribuir. Aliás no Brasil já foram tantas as ações e projetos desenvolvidos para que houvesse a inclusão social. Para ele, não é possível pensar num programa de inclusão digital federal sem a união com estados, municípios e organizações da sociedade civil. Para ele, “Inclusão digital é dar oportunidade às comunidades de se inserirem na sociedade da informação como agentes. Conhecimento é a chave dos programas que vêm obtendo sucesso. Tem que ter o computador,  acesso à internet, softwares adequados e, principalmente, orientação, não apenas aulas de informática”.

3 SOFTWARES EDUCATIVOS

O computador por si só não é fundamental, é preciso considerar primeiro o conhecimento e não o computador, este funciona apenas como uma ferramenta. É de suma importância recuperar algumas qualidades fundamentais à educação que é o esforço, a concentração, que hoje estão ficando perdidas devido à supervalorização que se está dando ao computador. Muitos professores estão preocupados por não conseguirem divertir seus alunos nas aulas de informática. A finalidade do ato educativo nem sempre significa diversão. A maior parte dos softwares educacionais são banais e sem conteúdo, sem objetivo algum. As escolas precisam estabelecer critérios de avaliação para aquisição de tais softwares sem esquecer de seus objetivos educacionais.

O software educativo é um recurso didático tal qual livros, filmes, imagens, música e revistas, com a vantagem de possuir muito mais recursos visuais e auditivos, além de permitir a interatividade. Também tem o importante papel de promover a inclusão digital, já que coloca os alunos em contato com o computador.

4  A INTERNET NA ESCOLA

Um laboratório de informática bem equipado, uma turma de alunos dispostos a utilizar o computador para acessar msn, orkut, e tudo o que aprenderam ou sabem sobre internet e um professor determinado a ensinar como utilizar uma planílha do excel, digitar um texto no word, ou até mesmo ensiná-los a navegar na tal da internet é um grande equívoco. Não há necessidade de ensinar aos jovens a navegar na internet. Desde cedo a garotada sabe fazer isto tranqüilamente. E, se estas tecnologias forem colocadas dentro da escola, eles vão inclusive passar a utilizá-las de formas diferenciadas das previstas. Não só a utilização da internet, mas de jogos educativos, jogos que forçam os jovens a aprenderem o inglês por exemplo. Pois quando o interesse é maior do que a necessidade, a busca pela descoberta torna-se algo fácil. Observamos que, desde muito cedo as crianças aprendem a utilizar todos os artifícios necessários para o manejo dos jogos oferecidos.

Dizer que os adultos têm mais dificuldades com a tecnologia é um grande erro, pois  mais cedo ou mais tarde surgirá em sua vida a necessidade de encarar um computador. Todo ser humano, seja ele jovem ou adulto, vai se familiarizando à medida que interage com a máquina, à medida que, sem medo, “mexe” em programas de acordo com seus interesses e necessidades, não existindo razão para a imposição de pré-requisitos, a qual serve mais para barrar o processo de construção do que para estimulá-lo.

5  CONCLUSÃO

O que precisamos é formar uma população ativa que se aproprie das possibilidades tecnológicas, para a efetivação de uma consciência coletiva inteligente, em busca de uma cidadania global. É importante que se lute na busca por uma sociedade mais justa, com o fim das desigualdades sociais, pelo desenvolvimento social, que se lute para acabar com a exclusão digital e a falta de acesso á informação. Se alguém vai à internet apenas para cortar e colar um trabalho, onde está o conhecimento? Informação sozinha é só ruído, adicione sentido e terá o conhecimento. Com a internet, abre-se uma porta pela qual entra grande quantidade de luz; sem os óculos adequados, ficamos cegos.

Para a inserção do indivíduo nessa cultura tecnológica, não há barreiras, sejam elas de idade, sejam elas da área de onde o indivíduo advém. Acredito que não são necessários cursinhos do tipo introdução à informática, organizados para ensinar a navegar. A navegação é uma coisa absolutamente simples e, mais do que colocar a população como usuária, como consumidora, ela deve ser colocada na qualidade de produtora de conhecimento.

Computadores enriquecem o ambiente como nunca a humanidade conseguiu em sala de aula. Acredita-se que a forma mais produtiva de trabalhar as interfaces digitais em sala é a organização por projetos, que estruturam, de alguma forma, a construção do conhecimento. Trabalhar com a pedagogia de projetos onde os alunos desenvolvem um projeto utilizando o computador como ferramenta, pois para os alunos, o computador é tão comum quanto um lápis. Por isso, a curiosidade para aprender a lidar com a máquina é nata, não é necessária uma motivação extra. Na internet, nos fóruns, a pessoa está atuando, respondendo, presente em pensamento; diferente daquele aluno que pode estar fisicamente na sala, mas pensando em outra coisa. A interatividade está 100% presente.

Existem no mercado diversos sistemas de informática educacional, que são projetos associados a softwares que atuam em diversos campos interligando a informática a todas as outras áreas. Estes projetos fazem com que os alunos descubram que a informática está associada a tudo que se vê pela frente, cabe ao professor dar um sentido a esse uso. O desafio, numa sociedade cada vez mais individualista, é extrapolar o ganho individual para o nível coletivo. O ideal é que possamos desenvolver um trabalho para melhorar as condições de vida da nossa comunidade.

A tecnologia sempre afetou o homem: das primeiras ferramentas, por vezes consideradas como extensões do corpo, ao computador que trouxe novas e profundas mudanças sociais e culturais, a tecnologia nos ajuda, nos completa, nos amplia. Facilitando nossas ações, nos transportando, ou mesmo nos substituindo em determinadas tarefas, os recursos tecnológicos ora nos fascinam, ora nos assustam.

6 REFERÊNCIAS

BONILLA, Maria Helena Silveira. Escola Aprendente: para além da sociedade da informação. Rio de Janeiro: Quartet, 2005.

BUZATO, Marcelo E. K. Letramento digital abre portas para o conhecimentoEducaRede, 11 mar. 2003. Disponível em: http://www.educarede.org.br/educa/html/index_busca.cfm>. Acesso em: 18 set. 2007.

Autora: Inez Kwiecinski

Pedagoga – Habilitação em magistério na Educação Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, docência nos cursos de Ensino Médio, Orientação, Supervisão e Gestão Escolar. – UNIASSELVI – 2010

Artes Visuais – Licenciatura – UNIASSELVI – cursando 3º semestre 2011,Contadora de histórias.

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