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Atualizado em 27/10/2012

RESUMO: CORRENTES PEDAGÓGICAS E FILOSÓFICAS

Entenda os fundamentos da educação moderna e as filosofias que guiaram o desenvolvimento das correntes pedagógicas. Descubra como as ideias e movimentos nas escolas ocorreram e o que está em jogo em cada um deles. Aprenda sobre as correntes pedagógicas e filosóficas com nosso conteúdo informativo, completo e atualizado!


I – Caracterizar os itens abaixo e discutir a importância do seu conhecimento para a compreensão da proposta de cada uma das correntes pedagógicas.

a) Concepção do homem

b) Concepção epistemológica

c) Concepção axiológica

d)    Concepção política

1) Escola Tradicional

a) Concepção do homem:

  • É universal – todos têm a mesma potencialidade;
  • Ouvinte;
  • Receptivo;
  • Passivo;
  • Obediente.

b) Concepção epistemológica:

  • Dava-se ênfase na memória;
  • Na formação de elementos intelectuais;
  • Ensino livresco e enciclopédico (desvinculada da realidade).

A única preocupação era a transmissão do saber acumulado, levando a um distanciamento da realidade dos alunos.

c) Concepção axiológica:

  • Maniqueístas;
  • Moralista;
  • Puritana;
  • Conservadora.

A concepção dos valores na escola tradicional é dualista, distinguindo o que é bom e o que é ruim. Exigem um exagerado moralismo, pois as regras não deixam as pessoas mudarem de opinião, sendo a moral  única e todos têm que adequarem a elas.

d) Concepção política:

  • Conservadora;
  • Autoritária;
  • Niveladora;
  • Hierárquica.

São as normas que garantem a submissão do aluno, levando-os a obediência que é considerada a primeira virtude.

Por ser hierárquica, não se permitia que se passasse sobre ela e não podia tão pouco questioná-las.

A pedagogia tradicional é uma proposta de educação centrada no professor, cuja função define-se por vigiar os alunos, aconselhá-los, ensinar a matéria e corrigi-la. A metodologia decorrente de tal concepção tem como princípio a transmissão dos conhecimentos através da aula do professor, frequentemente expositiva, numa sequ repetição de exercício, ência predeterminada e fixa, enfatiza a repetição de exercícios com exigências de memorização. Valoriza o conteúdo livresco e a quantidade. O professor fala, o aluno ouve e aprende. Não propicia ao sujeito que aprende um papel ativo na construção dessa aprendizagem, que é aceita como vinda de fora para dentro. Muitas vezes não leva em consideração o que a criança aprende fora da escola, seus esforços espontâneos, a construção coletiva.

A figura do professor como detentor do saber é uma força motriz nessas escolas. A função primordial da escola, nesse modelo, é transmitir conhecimentos disciplinares para a formação geral do aluno, formação que o levará, ao inserir-se futuramente na sociedade, a optar por uma profissão valorizada. Na maioria das escolas essa prática pedagógica se caracteriza pela sobrecarga de informações que são veiculadas aos alunos, o  torna o processo de aquisição de conhecimento, muitas vezes burocratizado e destituído de significação.A postura da escola se caracteriza como conservadora. No processo de alfabetização, apóia-se principalmente nas técnicas para codificar/decodificar a escrita. A escrita espontânea da criança em fase de alfabetização não é levada em conta, sendo a cartilha sequencialmente seguida, a base do processo de alfabetização.

2) Escola Nova

      a) Concepção de Homem:

  • O sujeito não é universal;
  • É individual;
  • Sua dimensão é psicológica;
  • Não nasceu com a essência pronta;
  • livre, ativo e social.

b)  Concepção epistemológica:

  • Aprendizagem por interesse(curioso);
  • Saber e prazer;
  • Experiências concretas;
  • Conhecimento a ser construído progressivamente;

O aluno é o sujeito principal da aula e norteador, ao professor,  cabe estimulá-lo, dando ênfase à aprendizagem como apreensão da metodologia de pesquisa e tendo como objetivo estimular os interesses inatos  de seus alunos e obedecendo a ordem psicológica de cada um, que é definido durante o processo.

c) Concepção axiológica:

  • Aversão às normas;
  • Responsabilidade individual pela existência;
  • Autonomia;
  • Rejeição de padrão e rótulos.

Os modelos ético e moral, baseiam em que nenhuma regra vai atender a todos , as normas sempre aprisionam o sujeito não o deixando expressar-se da maneira que quer. O conhecimento assimilado é o produzido pelo aluno, o bem e o mal são coisas relativas, dependendo de cada um.

O conhecimento para ser verdadeiro tem que ser feito a experiência humana, fazendo a própria pessoa pensar em sua existência, compreendendo-a melhor.

 d) Concepção política:

  • Sem projeto de hegemonia política;
  • Auto-gestão
  • Pouca ênfase em questões sociais.

O modelo político é de uma sociedade fragmentada, o positivo da escolanovista é ir contra a ditadura, a disciplina trabalha com o discurso de “trabalhar com a liberdade”, sendo ele democratizante.

Em oposição à Escola Tradicional, a Escola Nova destaca o princípio da aprendizagem por descoberta e estabelece que a atitude de aprendizagem parte do interesse dos alunos que, por sua vez, aprendem fundamentalmente pela experiência, pelo que descobrem por si mesmos. O professor é visto, então, como facilitador no processo de busca de conhecimento que deve partir do aluno. Cabe ao professor organizar e coordenar as situações de aprendizagem, adaptando suas ações às características individuais dos alunos, para desenvolver suas capacidades e habilidades intelectuais.

A idéia de um ensino guiado pelo interesse dos alunos acabou, em muitos casos, por desconsiderar a necessidade de um trabalho planejado, perdendo-se de vista o que deve ser ensinado e aprendido. Essa tendência, que teve grande penetração no Brasil na década de 30, no âmbito do ensino pré-escolar , até hoje influencia muitas práticas pedagógicas.

3) Escola Tecnicista

      a) Concepção do Homem:

  • Universal;
  • Passivo;
  • Receptivo;
  • Desenvolvimento de habilidades lógicas;
  • Disciplinável.

b) Concepção Epistemológica:

  •   Objeto mais importante que o sujeito;
  •    Pragmática (educação);
  •    Formação para o mercado (mão-de-obra qualificada);
  •    Transmissão;
  •    Treinamento:
  •    Desenvolvimento sensório-motor e intelectual.

O objeto tem que ser conhecido para que se possa colocá-lo em prática, ensinava-se a fazer as coisas e não a pensar, todos os alunos tinham que desenvolver habilidades principalmente lógicas (aprender para fazer),

O saber, é o saber técnico que deve ser organizado e transmitido para tornar o aluno apenas uma força produtiva (saber para fazer), privilegiando a dimensão técnica,enfatizava o aspecto pragmático do conteúdo, proclamando-se uma pseudoneutralidade.

c) Concepção Axiológica:

  • Tradição;
  • Hierarquia;
  • Pragmatismo;
  • Moralista;
  • Ordem mecânica e natural;

d) Concepção Política:

  • Autoritária;
  • Visão pragmática;
  • Frieza nas relações interpessoais;
  • Anonimato;
  • Relações interpessoais descaracterizadas e desumanizadas;
  • Economista.

Existe uma contradição onde você quer uma sociedade modernizada porém,em um país autoritário.

Na escola tecnicista o homem é visto como produto do meio altamente controlado pela sociedade com atividades mecânicas inseridas numa proposta educacional rígida programada em detalhes. E o seu comportamento é modelado através de técnicas específicas, produzindo individualmente, tornando-se competente para o mercado de trabalho, transmitindo as informações precisas, objetivas e rápidas.

O mundo é construído evidenciando a tecnologia, manipulando o meio em favor do crescimento técnico, a sociedade planejada, organizada, rígidas pelas leis.Seguindo um planejamento, o conhecimento é planejado pelos especialistas e seu resultado direto da experiência.

A educação é baseada na transmissão cultural manipulando e controlando o mundo.

O professor é um mero transmissor na aplicação de manuais, apenas passa as técnicas utilizadas nas fábricas.Centralizando a escola (produção) às vezes o ensino distanciado.A escola é um modelo empresarial dividindo-se entre planejamento e execução.O ensino visa os comportamentos adequados e úteis a produtividade, é dado instrução como objetivo a ser alcançado.

Ao professor cabe selecionar, organizar e aplicar técnicas eficientes e de muita eficácia, na verdade o professor é um técnico que ensina a prática da técnica.O aluno é um elemento preparado, eficiente, pronto a produzir para seu bem estar. Os objetivos educacionais são operacionalizados dando  “Educação e Instrução”, controlando o comportamento e exigindo produtividade.O conteúdo geral, estruturado nos objetivos a serem alcançados.A metodologia dá ênfase aos recursos audiovisuais, instrução programada, tecnologia de ensino, ensino individualizado, máquinas de ensinar (fazer fazendo).

A avaliação é feita baseada na produtividade do aluno, e também do seu comportamento desde a entrada até a saída da escola.Tudo é planejado e executado pelo professor, visando melhor desempenho, sendo a relação professor- aluno meramente profissional e fria, isto é, o aluno recebe as informações e aprende fixando-as durante o processo de aprendizagem, sem muito questionar o aprendizado.

4) Teoria Antiautoritária:

a) Concepção de homem:    

  •   Ativo;
  • Dotado de vontade;
  • Autônomo;
  • Liberdade individual e coletiva;
  • Condutor de seu conhecimento.

b) Concepção epistemológica:

  • Não dogmático;
  • A concepção do conhecimento se dá de forma autônoma e coletiva;
  • Atividades livres em busca do pessoal ( conhecimento cognitivo);
  • Ligado à realidade e experiência do aluno;
  • Na interação com o mundo, é o responsável pela direção e significado do aprendido;
  • Não-diretivo;
  • Auto-gestão.

c) Construção axiológica

  •    As regras são construídas coletivamente;
  •    As regras não são universais;
  •    Autonomia (liberdade de escolha).

d) Concepção política

  • Livre expressão dos ideais libertários ( contrários a toda burocracia);
  • Nega a delegação de poder a representantes;
  • Anarquista;
  • Socialista.

As Teorias antiautoritárias rompem com a submissão e obediência e instauram um novo modelo pedagógico, defendendo a liberdade individual e coletiva. Os conteúdos livres, não uniformes, são menos importantes que a personalidade e o caráter do aluno, não é imposto, ensina-se às crianças os que elas solicitam.

Ultilizam-se de métodos não impositivos, não coercitivos, baseados nas investigações livres dos aprendizes, em sua atividade na busca do pessoal. Os professores dão liberdade às crianças por estarem convencidos que sua natureza é fundamentalmente boa e se orienta por si mesma em direção positiva, não exigindo a avaliação através dos exames clássicos e sim a auto-avaliação, que parte da aprendizagem da autocrítica e da responsabilidade. O planejamento parte das decisões tomadas em assembléia de alunos e transformados em matérias de interesse comum.

As teorias antiautoritárias surgem principalmente a partir dos trabalhos do psicólogo norte-americano Carl Rogers ,que rejeita o ensino autoritário, considerado inibidor da espontaneidade da criança. Para ele o professor deve ser entendido como coordenador do aprendizado. Rogers transpõe para a educação sua concepção de terapia, introduzindo nas salas de aula a dinâmica de grupo.

Nela, os alunos integram sob a observação do professor, que só interfere quando solicitado pelo grupo, para solucionar conflitos ou questões de conteúdo. O método cria um ambiente que estimula os alunos a desenvolverem suas próprias interpretação de mundo.

5) Teoria Crítico-reprodutivistas:

     a) Concepção de homem:

  • Ativo;
  •  Multiplicador de ideias
  •  Questionador
  •   Tem em potencial muitas habilidades, mas vai se desenvolvendo   ( intencionista);

b) Concepção epistemológica:

  • Conhecimento construído a partir dos interesses da realidade dos alunos;
  •  Por meio cultural;
  •  Transforma a natureza em cultura ( criatividade);

c) Concepção axiológica:

  •   Reprodução de idéias da classe dominante;
  •   Não universal;
  •   Interiorização das normas

d) Concepção política:

  •   Rejeição das idéias políticas impostas;
  •   Sistema capitalista.

As teorias crítico-reprodutivistas, bastante em voga na década de 70, não chegaram a apresentar uma proposta para a educação, limitando-se a denunciar a reprodução das mazelas sociais no interior do processo de ensino. A escola é um aparelho difusor da ideologia dominante para Althusser; desencadeia uma violência simbólica segundo Bordieu e Passeron; é uma escola dualista, de acordo com Baudelot e Establet, ao ministrar um tipo de ensino privilegiado nas escolas de rede secundária-superior, acessível apenas às elites e um ensino de segunda ordem, empobrecido, na rede primária-profissional para as classes subalternas.

 Essas teorias as quais denunciam os mecanismos de dominação as sociedade pelas elites dirigentes utilizando-se do aparelho escolar como reprodutor de sua ideologia. De outra parte reconhece no pensamento intelectual marxista Antonio Gramsci a possibilidade da escola propor uma ideologia que seja contra-hegemônica. Esta se instaura a partir do momento que educandos e educadores aproveitam os espaços ou lacunas permitidas pelos sistema e contribuem para a superação da marginalidade social articulando uma escola que trabalha os conteúdos a partir dos interesses dos dominados.

A impotência das teorias críticos-reprodutivistas e superada  a partir da síntese dialética que coloca a capacidade de luta e transformação na mão dos educadores. Fica descoberto assim, no seio do processo educativo, um poder real, embora limitado. Este poder se desvela na medida em que se capta a tarefa específica da educação, inserida no contraditório da sociedade capitalista.

6) Teorias Construtivistas:

  a) Concepção de homem:

  •  Ativo e criador;
  •  Universal;
  •  Potencialidades inatas;
  •  Autônomo;
  •  Construído através de sua interação social;
  •  Dotado de vontade própria.

b) Concepção epistemológica:

  •  Está na interação do sujeito com o objeto ( interacionista);
  •  Construção contínua ;
  •  Produz-se a partir do desenvolvimento por etapas ou estágios sucessivos;

c) Concepção axiológica:

  •  Construção das normas de forma coletiva;
  •  A responsabilidade é construída a partir do senso individual e coletivo;
  •  Sociedade mutável (constantes transformações)

d) Concepção política:

  •   Liberdade de expressão;
  •   Poder descentralizado;
  •   Busca caminhos para a complexidade dos processos;

Método  de aprendizagem baseado nos trabalhos do biólogo e epistemólogo suíço Jean Piaget, criador da psicologia genética. Para Piaget, aprender é agir e, por isso, cabe ao professor colocar os alunos diante de situações variadas para que eles próprios busquem soluções e construam seu conhecimento.Piaget observa que o desenvolvimento mental da criança passa por diversas fases e, a cada uma delas, deve corresponder o ensino de determinados conteúdos. O professor, além de transmitir os conteúdos formais, precisa estimular o diálogo e o pensamento crítico. As escolas que seguem essa linha evitam aplicar provas para verificar a memorização dos conteúdos e  costumam construir os materiais didáticos com os alunos.

 Seguidora de Piaget, a Argentina Emília  Ferreiro, analisa o processo de alfabetização segundo os pressupostos do construtivismo. Ela acredita que os alunos também aprendem a ler e escrever fora das salas de aula. Assim, ao ensinar, o professor deve considerar as interpretações que os próprios alunos têm sobre a escrita. Sua teoria combate cartilhas tradicionais, pois considera que elas restringem a alfabetização.

 A contribuição mais significativa que o construtivismo já ofereceu à alfabetização (foi) auxiliar as alfabetizadoras na tarefa de compreender as produções da criança e saber respeitá-la como construções genuínas, indicadoras de progresso, e não como erros absurdos. Nesse sentido, podem-se destacar dois momentos em alfabetização: antes e depois dos trabalhos de Emília Ferreiro.

7) Teorias Progressistas:

a) Concepção de homem:

  •  Sujeito ativo;
  •  Não se isola do contexto social;
  •  Livres frente ao professor.

b) Concepção epistemológica:

  •  A cada atividade que vai sendo feita, o sujeito coloca o seu ser   ( construção como instrumento de transformação);
  •  O conhecimento é construído socialmente;
  •   Ação conjugada com a reflexão ( propulsores da práxis).
  •   Admiti um conhecimento relativamente autônomo.
  •   Processo de aprendizagem grupal ( participação em discussões, assembléias, votações);
  •  Codificador – decodificador;
  •  Grau de envolvimento na aprendizagem depende tanto da prontidão e motivação do aluno quanto do professor e do contexto;
  •  Interação conteúdos-realidade.

c) Concepção axiológica:

  •  Normas construídas em grupo;
  •  Solidariedade ( respeitadores das regras do grupo);
  •  Autonomia.

d) Concepção Política:

  •  Democrática;
  •  Participação popular;
  •  Negação de toda forma de repressão;

Snyders usou o termo progressista para designar as tendências que partindo de uma análise crítica das realidades sociais, sustentam implicitamente as finalidades sociopolíticas da educação. Evidentemente a pedagogia progressista não tem como institucionalizar-se numa sociedade capitalista; daí ser ela um instrumento de luta dos professores ao lado de outras práticas sociais.

A educação ao cumprir seu papel de formar cidadão crítico, que possam influenciar no meio em que vive, continuando o que é coerente e rompendo com o que não é conveniente à  sua realidade e assim poder problematizar sua  realidade e trabalhar as contradições sociais, estará sendo coroado o esforço da pedagogia progressista que é tornar a escola o local onde as camadas populares aumentam o seu saber e de posse dele, possam se organizar socialmente para reivindicar o seu direito à educação.

  •    As teorias progressistas querem formar o homem pelo e para o trabalho,

Descartando no entanto o trabalho como higiene mental como desejam algumas escolas, se contrapondo também as escolas profissionalizantes que só desejam formar mão-de-obra qualificada reduzindo o trabalho somente a aquisição de técnicas.

 É o desejo da pedagogia progressista que o trabalho possa construir numa atividade essencial para a formação do homem. Podendo assim transformar a si e a natureza a partir do entendimento do processo como um todo. Possa compreender o processo intelectual assim como o processo manual.

A educação dada ao povo favoreça a transmissão sos saberes necessários para formação da consciência crítica das práticas sociais que permitem a construção do mundo, com igualdade e respeito.

Os teóricos progressistas resistem a idéia de ser a escola a solução dos problemas sociais ao mesmo tempo que não aceitam entregar os pontos acreditando que a luta deve continuar. O professor deve ser consciente de seu papel como peça fundamental na engrenagem social. Sua posição frente aos problemas reais dos alunos, fará com que direcione seus conteúdos para a formação da consciência crítica e através dessa consciência, possa o aluno despertar para a importância de sua participação política na sociedade, exigindo a atuação efetiva dos órgão públicos no cumprimento das obrigações do estado. Para a pedagogia progressista é esse o fim da educação e não um mero aparelho de reprodução ideológica a serviço do estado.

II – Estabeleça a diferença entre a Escola Tradicional e a Escola Nova na compreensão dos seguintes elementos:

  • Relação professor- aluno, como o aluno era tratado, papel do professor:

 Na Escola Tradicional predomina a autoridade do professor, ele era o detentor do saber, figura magistrocêntrica e exigia dos alunos atitudes receptivas que impediam qualquer tipo de comunicação entre eles no decorrer da aula. A relação professor aluno é vertical,  relacionamento distante, onde o professor é quem mandava.

O professor transmite o conteúdo na forma da verdade a ser absorvida e não deixava o aluno tomar a iniciativa, pois ele desempenhava o papel central. O mestre guiava e orientava  rigidamente a vida dos alunos, era um modelo que deveria ser guiado e obedecido.

Enquanto na Escola Nova, o professor é um estimulador do processo de aprendizagem do aluno que é um sujeito ativo, principal norteador da aula, auxiliando no desenvolvimento livre e espontâneo da criança.

 Existe entre professor e aluno a cooperação e a solidariedade que valorizam as relações interpessoais.

 Como facilitador, o professor estimula os interesses inatos de cada aluno, levando-os ao auto conhecimento, sendo ele um ser criativo, curioso e espontâneo, deve ser respeitado seu momento psicológico estabelecido através do próprio aluno, sendo definido durante todo o processo de ensino e aprendizagem.

III – Discuta criticamente a proposta das correntes pedagógicas Tradicional e Nova.       

 Apesar de propagar uma didática moderna, as escolas, na atualidade continuam com uma prática bastante tradicional. A sociedade dinâmica como também deveria ser a educação nas escolas brasileiras,o aluno deveria aprender a aprender, porém o ensino vem sendo sustentado na memorização de fatos. Penso que todos concordam que esse processo mental não desenvolve compreensão, análise, síntese, construção de conhecimento, transferência de conhecimento e nem um bom desempenho em alguma atividade. Apesar de ser necessário para todas as habilidades citadas, ela em si não as garante.

 Em muitos momentos, sustentamos outros discursos como o da a escola Nova, sendo assim, um processo educacional que privilegia quase que exclusivamente o “decorar da matéria” não pode estimular o aluno ao ponto dele poder construir seu próprio conhecimento, como esta escola propõe,  continuando a ser um ser passivo como na escola Tradicional.

Para nos certificarmos basta analisarmos as provas que são dadas nas escolas e só para citar um exemplo, o próprio vestibular.O aluno é avaliado pela quantidade de informações que conseguiu reter durante o ano.

Quando a verificação do saber se resume em repetir as informações ouvidas ou lidas, estamos educando nossas crianças para a ausência de crítica, estamos na verdade deseducando, pois o ser humano é naturalmente crítico, basta lembrarmos das perguntas mais ingênuas das crianças. Mas, quando entram na escola aprendem a não questionar  mas, a obedecer,fazendo cada vez mais o discurso da escola Tradicional sobressair perante a Escola Nova na qual veio para sobrepor o tradicionalismo.

 Penso ainda que a tarefa de estimular o pensamento crítico não está limitada aos muros da escola. No entanto a ênfase que está sendo dada ao ambiente educacional deve-se ao fato da escola ser o espaço dentro da nossa sociedade, organizado sistematicamente e intencionalmente (pelo menos assim desejamos).

           Soraya mendonça Marques

2 respostas para “RESUMO: CORRENTES PEDAGÓGICAS E FILOSÓFICAS”

  1. Muito obrigada pela matéria. A divisão dos conceitos facilitou meu aprendizado.

  2. Soraya,encontro-me do blog – http://arleideamoreseducao.blogspot.com/
    Por favor me adcione.
    bj

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