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Atualizado em 02/08/2023

Confúcio: O Sábio da China Antiga

Confúcio, o lendário sábio, que ensinou ao povo a sabedoria da vida e a arte da honra. Descubra como suas palavras foram usadas para elevar a humanidade e ensinar a todos a respeitar a si mesmos. Experimente essa história dinâmica e inspiradora!

O sábio (Kiun tseu)
Busca o conhecimento e a purificação, rejeitando os confortos e a riqueza. Ele não se importa que os homens o ignorem pois o céu o conhece. Graças aos seu autocontrole ele nada deseja, só aspira a santidade.
O plebeu (Siao jen)
É o pequeno homem que preocupa-se apenas com as coisas materiais, com o conforto e os prazeres, tendo sede de riquezas e honrarias. Deixa-se dominar pelas paixões, pela carnalidade e seus excessos.

Presença de Confúcio

Confúcio jogando o Go com Lao Zi

Durante a Grande Revolução Cultural Proletária, entre 1966-1976, decênio de fanatismo, perseguições e de absurda intolerância ideológica, com a Guarda Vermelha perseguindo meio mundo, a obra de Confúcio foi infamada. Os jovens comunistas indicavam-no como um pensamento nocivo á China Popular, visto sua pregação a favor da Harmonia em detrimento da Luta, a ênfase dele pela Hierarquia e sua indiferença pela Igualdade, não se coadunava com os rumos revolucionários. Para eles, e para a maioria dos marxistas chineses daquela época, as lições de Confúcio, difundidas por milhares de anos, desarmaram a oligarquia e a classe dirigente chinesa, debilitando-a, serviram como um tipo de ópio ideológico impedindo-a de ter uma atitude varonil frente aos desafios do colonialismo europeu e nipônico. Quando a agressão externa chegou às portas do Reino do Centro no século 19, arrombando-as com seus canhões, sua técnica e o seu comércio, o país estava inerme, apático e impotente, um tanto quanto que dopado por séculos de conformismo confuciano.

Passado, porém, o vendaval maoista de 1966-1976 , viu-se que a cultura chinesa não pode livrar-se do seu maior pensador assim no mais. A retórica dos tempos de Mao Tse-tung, igualitária, radical e vociferante, foi aos poucos dando lugar ao pragmatismo dos novos dirigentes, à conciliação, à busca da ponderação e da harmonia, a recuperação dos princípios da hierarquia. Tanto é assim que, em 1994, trataram os dirigentes chineses de celebrar o aniversário do 2545º ano do nascimento daquele que era considerado o Primeiro e Sublime Professor da China. Confúcio, restaurado, sacode de cima de si as cinzas das tomos queimados dos seus veneráveis tratados, obra do vandalismo da Guarda Vermelha, erguendo-se sobre o panorama cultural da China moderna como a Estrela Polar que os chineses gostam tanto de apreciar no firmamento.

O príncipe e o povo: as recomendações de Confúcio

(Não dar importância ao principal, quer dizer, ao cultivo da inteligência e do caráter, e buscar somente o acessório, quer dizer, as riquezas, só pode dar lugar à perversão dos sentimentos do povo, o qual também valorizará unicamente as riquezas e se entregará sem freio ao roubo e ao saque.)

(Se o principe utiliza-se das rendas públicas para aumentar a sua renda pessoal, o povo imitará esse exemplo e dará vazão às suas mais perversas inclinações: se, pelo contrário, o principe utilizar as rendas publicas para o bem do povo, este se lhe mostrará submisso e se manterá em ordem.)

(Se um príncipe ou os magistrados promulgam leis ou decretos injustos, o povo não os cumprirá e se oporá a sua execução por meios violentos e igualmente injustos. Quem adquire riquezas por meio violentos e injustos do mesmo modo as perderá por mios violentos e injustos).

(Só há um meio de aumentar as rendas públicas de um reino: que sejam muitos os que produzam e poucos os que gastam, que se trabalhe muito e que se gaste com moderação. Se todo o povo trabalhar assim, os rendimentos serão sempre suficientes)

(Para o bom governo dos reinos é necessária a observância de nove regras universais: o domínio e o aperfeiçoamento de si mesmo, o respeito aos sábios, o amor aos familiares, a consideração aos ministros por serem os principais funcionários do reino, a perfeita harmonia com todos os funcionários subalternos e com os magistrados, as cordiais relações com todos os súditos, a aceitação dos conselhos e orientações dos sábios e dos artistas de quem sempre deve-se rodear-se o governante, a cortesia com os transeuntes e estrangeiros e o trato honroso e benigno com os vassalos.)

O site recomenda: 
Confúcio – Os Analectos (SP-RJ, Editora Martins Fontes)

Fonte:http://educaterra.terra.com.br

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